Dobras sobre dobras, chegou-se a uma complexidade ímpar na área da saúde altamente impactante na integração entre tecnociência sempre exigente de mais análises de custo-risco-benefício e o humanismo com suas diversidades culturais. Pluralidade de entendimentos teóricos convivem com diversidades de resultados, assim afrontando iniciativas de consensos. A Bioética tem recursos para o trânsito por dissensos.
Prós e contras avaliados segundo critérios validados, poucos dignos de serem considerados dogmáticos, orientam processos de tomada de decisão, fundamentam indicações, não indicações e contraindicações de métodos, dão substratos éticos e legais. Todavia, as resultantes previsões de sucessos e afastamentos de insucessos não são suficientes para garantir o bem maior para o paciente.
Novas cauções são bem-vindas, embora nenhuma possa estar livre de incertezas. Primeiro, porque elas não garantem rigorosamente bons efeitos, segundo porque cada ser humano faz seus próprios julgamentos e que ficam sujeitos a instabilidades circunstanciais.
Há os resultados que, embora possam atingir o máximo das possibilidades tecnocientíficas segundo a expertise da equipe profissional, são detestados pelas avaliação sobre bem-estar por pacientes. Há também os não resultados frutos de não consentimentos por pacientes às recomendações médicas, que evidentemente, ao contrário, não satisfazem aos objetivos diagnósticos, terapêuticos e preventivos da equipe profissional, mas que representam desejos e preferências humanas a serem respeitadas.
À semelhança que à mulher de Cesar não basta ser honesta, tem que transparecer honesta, para o ser humano, um plural, não basta a aplicação da medicina, tem que haver a atenção à condição humana da recepção. Alô Bioética! Ajude-me a lidar!