Os substratos filosóficos dos vaivéns dos primórdios da medicina embasaram tradições que persistem nos cenários das continuadas inclusões da tecnociência avançada e da saúde digital. Vale dizer, a função orientadora da Bioética, não importa se não explícita.
Hipócrates legou o valor do uso de uma bússola moral norteadora dos caminhos perante desafios, dilemas e confrontos no ecossistema da beira do leito. Chamamos de Código de Ética, mas seus artigos mais eficientes são aqueles que compõem o caráter do profissional da saúde.
Já no século XX, a Bioética tanto de Jahr quanto de Potter teve inspirações para a ajustes de conduta superpostas às hipocráticas. Ambos não deixaram de se preocupar com tipos de deuses.
Hipócrates aplicou a inteligência natural para ampliar os dados e aprender em serviço, entendimento que traz a sensação de similitude para o que se pretende com o manejo de dados atuais por meio de máquinas inteligentes.
Grandeza diferente, modesta em relação ao que dispomos atualmente, porém, como inovação proporcional, efetora de enormes benefícios e com o mérito da mudança de paradigma.
Desde Hipócrates, por 26 séculos, uma universal prole de filhos do Pai da medicina, coleciona dados e aprende dos cuidados com pacientes, segundo capacidades cognitivas naturais disponíveis. Observações, raciocínios e habilidades múltiplas, mémoria e imaginação, dão uma atmosfera altamente inteligente à beira do leito.