A atuação pioneira de Hipócrates (460aC-370aC) evidenciou a naturalidade do senso de Bioética na medicina.
O que entendemos hoje por Bioética compôs a inteligência natural do Pai da medicina e foi essencial para viabilizar a transferência da fé nos poderes dos deuses gregos para a crença numa organização que se chamaria ciência sob tutela dos humanos.
A humanização que Hipócrates pretendeu pelas mudanças das fontes de orientação e dos modos de aplicação prática sobre a saúde admitiu movimentos sob a responsabilidade de pessoas de carne e osso direcionados para a sobrevivência e qualidade de vida da humanidade. O desenvolvimento de uma consciência moral.
Hipócrates estava numa ilha, seus pés no solo pátrio cercado pelo mar de água, sua cabeça num arquipélago cercado por um mar de ideias originais.
Novidades materializaram-se e alcançaram o mais possível estado de equilíbrio entre valores humanos destacados pelos gregos antigos e o surgimento de conhecimentos e atitudes que precisavam obter a confiança da população. Pode-se dizer que muitas dúvidas atuais sobre os efeitos da inteligência artificial substitutiva da inteligência natural tiveram analogias no começo da medicina com a troca do Olimpo pelo cérebro humano.