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1257- Bioética e atividade profissional na beira do leito. Dez considerações com dezenas de desdobramentos

  1. A Bioética da Beira do leito traz forte contribuição para o trânsito de uma difusa relação medicina-paciente para a  individualidade da conexão médico-paciente/familiar e para a organização de equipes de atendimento à saúde, mais fixas ou circunstanciais durante determinado atendimento.
  2. A Bioética da Beira do leito catalisa  a transdisciplinaridade atualmente exigida para conciliar as complexidades do corpo humano, a multiplicidade de recursos diagnósticos, terapêuticos e preventivos e os aspectos éticos, morais e legais envolvidos no atendimento de um ser humano por outro ser humano em habituais situações de vulnerabilidade.
  3. A Bioética da Beira do leito ajuda a integrar num mesmo momento a memória do passado e a imaginação pelo futuro às realidades do presente, a mentalizar num conjunto o mais harmônico como a situação pode ser atendida e resolvida, por exemplo, frente a um paciente com dispneia, aplicar a memória do que já funcionou em condição semelhante e torná-la fio condutor imaginando o sucesso para a eupneia.
  4. A Bioética da Beira do leito dá força para o médico – e profissionais da saúde- apresentar o real alcance da medicina – e ciências da saúde em geral- frente às necessidades e aos anseios da sociedade na área da saúde.
  5. A Bioética da Beira do leito entende a beira do leito como um ecossistema onde a integração entre bióticos e abióticos se faz com sequentes renovações, exigentes de um olhar crítico sobre as interfaces entre o clássico e a inovação.
  6. A Bioética da Beira do leito alerta que a grande limitação do médico é, paradoxalmente, a medicina de tantas expansões. Inclusive lembrando que as habilidades para aplicação do novo conhecimento/recurso costumam ter uma curva de aprendizado.
  7. A Bioética da Beira do leito auxilia o médico a lidar com a voz ativa do paciente, para admitir ajustes de conduta ou mesmo frustrar-se pelo não consentimento do paciente a uma recomendação universalmente útil e eficaz.
  8. A Bioética da Beira do leito facilita entender que a mesma sociedade que almeja o máximo de beneficência enxerga de modo diferente o potencial de maleficência dos métodos e torna imperativo o Não é Não do paciente para o médico. A composição entre o coletivo e o individual é desafio no ecossistema da beira do leito que requer a segurança do Estou ciente da congênita antinomia entre beneficência e autonomia motivado pela Bioética, mais do que da imposição É vedado ao médico da nossa Deontologia que não pode deixar de proibir o desrespeito tanto à aplicação de todos os recursos disponíveis quanto à negativa do paciente de os receber em função de desejos, preferências, valores e objetivos.
  9. A Bioética da Beira do leito ampara o acolhimento do médico/profissional da saúde em geral ao paciente numa ideal perspectiva de cuidados continuados, ou seja, almeja que a conexão persista na mesma dimensão humana independente de mudanças adjetivas transitórias ou definitivas entre terapêutica, preventiva e paliativa.
  10. A Bioética da Beira do leito valoriza  o interesse do profissional da saúde pelas humanidades e , particularmente pelos significados das virtudes. Destaca a coragem moral para se envolver com a responsabilidade, a boa-fé que torna imperativa a veracidade e a tolerância para respeitar pontos de vista contrapostos.

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