PUBLICAÇÕES DESDE 2014

CB39 – O florescimento do médico(a)

 

 

 

 

Bianca Paiva de Miranda Viana
Acadêmica de medicina

 

Fiz estágio no Incor durante 2 semanas e meia, e fiquei no ambulatório de Valvopatias e assisti algumas cirurgias. Eu e mais alguns colegas ficamos acompanhando o atendimento dos residentes e depois discutíamos com eles junto com os chefes. Os residentes deixavam a gente examinar o paciente e nos ensinavam as coisas que não sabíamos, além de sempre tirarem nossas dúvidas.

Eu nunca tinha auscultado um sopro durante minha vida acadêmica e quando auscultei no ambulatório no começo achei bem difícil de identificar, mas com o tempo fui aprimorando a técnica e identificando os tipos e localização dos sopros. Eu gostei muito de entender como funciona os sopros, por que eles acontecem e qual a etiologia e epidemiologia de cada um deles.

Além dos sopros, aprendemos sobre medicamentos, anti-hipertensivos, anticoagulante, quando se deve anticoagular um paciente, os tipos de prótese e suas indicações. Não tenho palavras para agradecer todo o aprendizado que construí durante essas 2 semanas e meia. Visitamos a sala de laudos, vimos como funciona um ecocardiograma, passamos casos para outros setores, como o da coronária e arritmia.

Teve alguns pacientes que precisavam ir para o pronto socorro, inclusive um deles por conta de Endocardite, vimos como funciona essa transferência e como é necessário a anamnese e exame físico de um paciente, que por mais que ele aparenta estar bem pode estar acontecendo algo com ele.

Tive a oportunidade de assistir uma valvoplastia por insuficiência mitral, e também uma cirurgia de revascularização do miocárdio. Fiquei encantada com o centro cirúrgico e principalmente pela circulação extracorpórea.
Aprendi muita coisa, tanto de clínica como de cirurgia. Alguns residentes e chefes deram algumas aulas durante os estágios e em especial um deles me ensinou como identificar o eletrocardiograma, pois ainda não tinha tido essa matéria na faculdade. Discutíamos vários casos e os residentes pediam nossa opinião.

No final do estágio estávamos examinando o paciente sem olhar a ficha para podermos identificar o sopro e depois conferir na ficha se estávamos correto. Achei esse método muito eficiente para aprender.

Tive a oportunidade de criar vínculo com alguns pacientes, por mais que o vi apenas em uma consulta, recebe elogios, abraço de paciente e até ganhei um presente. Não tem sensação melhor de gratidão em ver um paciente te agradecendo e principalmente se curando.

Cardiologia não era tanto minha paixão pois achava muito difícil, porém depois do estágio fiquei completamente apaixonada pela cardiologia, não sei se mais na parte clínica ou na parte cirúrgica, mas agora está entre minha primeira opção de escolha, e se tudo der certo espero um dia fazer residência e trabalhar no Incor.

Fiquei muito feliz e grata por tudo que vivi e aprendi nesse estágio. Além de ter conhecido ótimos profissionais, médicos, enfermeiros, recepcionistas, toda a equipe multiprofissional.

Com certeza esse estágio me transformou em uma pessoa melhor e vai me ajudar muito no futuro como médica.

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