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610- Penso, logo sou uma máquina

Conexão BLlivroHá grande buchicho entre profissionais da saúde sobre uma nova medicina altamente tecnológica. Prevê-se que em breve contaremos com  o aprendizado de máquina (machine learning), um cérebro eletrônico superior ao cérebro humano capaz de processar dados e tomar decisões à beira do leito no topo da excelência. Um residente na acepção da palavra com nível de catedrático.

A expectativa é que o médico poderá contar com melhor fundamentação para diagnósticos e condutas terapêuticas  e preventivas pela integração entre o caso e um enorme banco de dados. O que centenas de  gerações de médicos sempre perseguiram,  agora exponenciado. Tornará despropósito manter o pensamento clássico de William Bart Osler (1849-1919): Medicina é uma ciência de incerteza e uma arte de probabilidade. Devemos aplaudir… e usufruir.

Evidentemente, teremos um período sabe lá de quanto tempo de heterogeneidade de disponibilidade da inteligência colaborativa de máquinas num Brasil continental. A formação do médico das próximas gerações incluirá as inovações no currículo, mas não poderá dispensar o aprendizado direto da medicina pelo cérebro humano.

A vivência dirá como se haverá a integração das inteligências de acordo com nossas realidades sociais, econômicas e culturais. A Bioética está atenta ao esperado ganho de benefícios e redução dos malefícios para os pacientes neste previsto admirável mundo novo. Também a dois outros aspectos capitais do ser médico: a curiosidade científica e a responsabilidade profissional. Não serão elas exclusivas do cérebro do Homo sapiens? Será que René Descartes (1596-1650) um dia imaginou que Penso, logo existo poderia de referir a uma máquina cartesiana, excessivamente racional e metódica?

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