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401- Sintomas, sinais e consentimento pertencem ao paciente

O médico extrai sinais e sintomas do paciente sem provocar alterações nos mesmos e desta maneira os utiliza como matérias-primas para uma transformação curativa, controladora, paliativa ou preventiva de doença.

Extrair sintomas requer conversa, extrair sinais exige exame físico e por métodos complementares. Vale dizer, o atendimento às necessidades de saúde do paciente demanda um período de tempo que podemos, idealmente, qualificar como justo ao se ajustar às circunstâncias.

Um destacado período de tempo é o que vai do início do diagnóstico até o início da terapêutica quer sintomática, quer provisória, quer definitiva.

Pela ética da responsabilidade, a boa intenção não é suficiente, é essencial considerar as consequências da conduta tanto quanto possamos prevê-las, ou seja, exercer a  prudência – fidelidade ao futuro- para sustentação ética. Como a Medicina apoia-se nos métodos a serem aplicados que tragam mais chance de bons resultados sem os garantir em face de peculiaridades biológicas, o processo de tomada de decisão no contexto da relação médico-paciente é uma sequência  de apreciações objetivas e subjetivas da relação benefício(coletivo)/não malefício(segurança individual) temperada pelo respeito à autonomia – do paciente e do médico.

É dever do médico hierarquizar no esclarecimento ao paciente sempre que possível as condutas diagnósticas, terapêuticas e preventivas com vantagens sobre riscos de adversidades. Todavia, uma recomendação menos vantajosa pelo conhecimento atual relacionada num segundo plano de proposição pode ser a preferida pelo paciente.

Cada médico tem sua reação ao não consentimento que se contrapõe a sua vontade de aplicação. Qualquer que seja ela, é capital construir uma narrativa detalhada = diria didática=sobre o seu raciocínio clínico empregado e sobre a manifestação do paciente na evolução do prontuário do paciente. E muito importante, sem nenhum juízo moralizante.

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