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1332- Medico sapiens e Medico ciborgue (Parte 5)

Instrumentos renovaram-se na adoidada aceleração quantitativa/qualitativa de nossos tempos, reforçando que só persiste o que muda. Chegamos à medicina do século XXI. Um de seus pontos altos é o agigantamento cognitivo pela inteligência artificial.

A presença da inteligência artificial no ecossistema da beira do leito afigura-se marcante para a beneficência/não maleficência.  O enorme acervo da influência da inteligência natural no ecossistema da beira do leito que servirá de ponto de referência para a análise crítica das inovações atreladas à inteligência artificial. Uma progressiva “tarefa de arqueologia”. sobre a arquitetura evolutiva da medicina, as relações com o passado onde a Bioética tem o potencial – e a missão constitutiva- de ser altamente colaborativa.  

Moldado numa máquina, a inteligência artificial é um abiótico com íntimos vieses humanos incorporado no ecossistema da beira do leito e que admite o sentido figurado que os dicionários dão ao termo divino, mas não sobrenatural.

A Bioética da Beira do leito faz uma ponderação por entender a possibilidade de um agora altamente equipado retorno à “tecnocracia da inteligência divina”. Daí uma atenção especial  sobre o quanto um ser que como os deuses gregos não são de carne e osso, não examina diretamente o paciente e recomenda à distância induziria uma atuação médica análoga a da sacerdotisa que transmitia as recomendações dos deuses para os pacientes, o que se traduziria numa caricata e indesejável figura do médico contemporâneo como um boneco de uma máquina-ventríloquo.

É realidade que exige – e a Bioética dispõe-se – a visão crítica sobre o potencial de apresentação abiótica segundo uma máquina supervalorizada que se faz “inquestionável” recomendação e que pelo potencial de hierarquizar o tecnicismo traz a probabilidade da atuação à margem de interpretações individualizadas de prós e contras pelos bióticos interessados.

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