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1301- Consciência de máquinas na beira do leito (Parte 1)

Protótipos de atuações no ecossistema da beira do leito que se sucedem ao longo do tempo têm vida latente  sempre passível de reaparecer sob outras roupagens. Cada época admite conotações éticas/morais/legais e as preocupações com a qualidade das mesmas desencadeou a Bioética explicitada. Fundamentos da Bioética já existem desde Hipócrates (460aC-370ac).

Bióticos e abióticos cada vez mais qualificados compõem o ecossistema da beira do leito. A inteligência natural humana associa-se à tecnologia incluindo perspectivas crescentes da colaboração da inteligência artificial.

Resoluções de diagnósticos, orientações terapêuticas e preventivas e perspectivas prognósticas passaram a se beneficiar da “inteligência abiótica”, a extensão tecnológica da biótica humana. Máquinas quais robôs atuantes na beira do leito podem se aperfeiçoar ” em serviço”, à medida que ampliam seus contatos-conhecimentos  com o mundo real dos pacientes. Tais quais estudantes de medicina…mas já em pós-graduação…

Cada vez menos ficção, “apertos de botões” têm o potencial de sustentar/compor condutas médicas bem fundamentadas nas realidades do paciente e no estado da arte. A associação da inteligência humana criativa e construtiva com componentes eletrônicos supera limites da competência natural de ser/estar/ficar médico experiente. Melhor para o paciente, especialmente se filtrado pela Bioética.

O aprendizado de máquina retrata Aristóteles (384aC- 322 aC): É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer  e, assim, reproduz a imprescindível pós-graduação permanente do médico. Subentende mais composições de benefícios desde a Beneficência e menos malefícios pela Não maleficência. O abiótico adquirindo maturidade profissional!

Contudo, competência profissional não é apenas conhecimento e habilidade de quem faz, ela inclui atitude. Atitude importa!

A moralidade da convivência humana com a tecnologia é preocupação marca de nascença da Bioética. Seus princípios da Beneficência e da Não maleficência se entrelaçam com o da Autonomia e cada passo tecnocientífico requer, invariavelmente, filtragens de avaliações morais. Devo? Posso? Quero? dialogam e nem sempre sob tranquilidade. Há o estado da arte mas há, também a arte de estar.

Representações “quentes” do interior de médico e de paciente bem como do entorno social, econômico, legal impactam sobre as friezas tecnocientíficas, mesmo se recomendação IA de diretriz clínica atualizada.

Um medicamento, um bisturi, uma máquina fazem surgir significados, compreensões e intenções na chamada consciência que embute relevâncias morais.

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