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1240- Valências no ecossistema da beira do leito (Parte 2)

Bioamigo, cada médico atuante faz parte da história da medicina contemporânea em seus cantinhos de atuação, por vezes mais caçadores-coletores, por vezes mais empreendedores-transformadores. A Bioética ajuda o médico – e o profissional da saúde em geral- a articular o pensamento profissional sobre o captado da clínica e da tecnociência com a emoção (e sentimentos) e o empreendedorismo na atuação ética/moral/legal, numa forte dimensão multiprofissional e transdisciplinar (através e além das disciplinas numa conciliação entre as ciências, a arte e a experiência espiritual) de atenção às necessidades de saúde do paciente. A irmandade da Bioética de todas as horas- e especialmente de horas difíceis- contribui para a sabedoria do saber.

Vivenciamos cenários de direitos e deveres que comungam empoderamentos do biótico (profissional e leigo) e responsabilidades com o abiótico (clássico e inovador) no ecossistema da beira do leito. A crescente complexidade (plexus=dobras) – que se retroalimenta na explosão das pesquisas e na multiplicação das disciplinas- de natureza teórica e prática na saúde requer sequentes seleções de prós e contras visando à redução do número de dobras com preservação de coerências. Como salientado por Besarab Nicolescu (nascido em 1942) em seu Manifesto da Transdisciplinaridade (1999), complexidade está longe de ser a desordem de uma lata de lixo. A (co)ordenação é tanto mais atingida quanto mais articulada a uma conjugação de tensão (por solução), excitação (pela capacidade de realização) e pressão (pelo sofrimento).

O exercício de cada desdobramento-simplificação requer tomadas de decisão entre perspectiva favorável e perspectiva desfavorável que se qualificam por um ponto de partida multivalente que se direciona para uma univalência da maneira mais fundamentada possível. Forte objetivo clínico atual do desdobramento-simplificação inclui o equilíbrio entre recuperação de um órgão/preservação de outros órgãos/não agravamento de comorbidades.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bioamigo, a medicina – e as ciências da saúde em geral – tendem a formular o corpo humano e a doença num modelo cultural que, ao privilegiar as intervenções tecnocientíficas sobre uma história clínica, arrisca-se a desconsiderar a dimensão do doente e da sua biografia.  Uma decorrência do descompasso são lacunas – até abismos – entre desejos, preferências, objetivos e valores do paciente e recomendações profissionais éticas e virtuosas.

Repercussões bilaterais sobre o envolvimento humano na conexão profissional da saúde-paciente são razão para atuações educativas e conselheiras da Bioética desde os primórdios da formação profissional e inseridas na tríade de currículos: o formal dos documentos oficiais, o informal ligado às inter-relações exemplares e o oculto enredado na cultura organizacional. O mote é: Compartilhem-se informações e as tornem esclarecidas.

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