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05-Bioamigo, praticante da Bioética

Um dos aspectos relevantes da Bioética é afastar-se do maniqueismo certo e errado e aproximar-se de uma apreciação de rede, onde se formam nós com os aspectos entendidos como positivos para a circunstância. Pontos aceitos pelo estado da arte entendidos como negativos são, portanto, inadequados circunstancialmente, e podem ser tornar adequados em outros casos.

Assim, presta-se à figura da caixa de ferramentas, onde há uma coleção de utilidades, mas cada uma é especificamente útil para a necessidade.

Neste contexto de prudência e zelo com a translação da teoria massificada para a prática da individualização,  a  Bioética valoriza a Integridade do médico no decurso de uma tomada de decisão. Os passos da associação Bioética-Integridade começam com a diferenciação responsável entre o certo- melhor dito adequado- e o errado- melhor dito inadequado. A seguir, há o direcionamento para o que resultou certo-adequado. Esta movimentação precisa ser explicada como decorrente de uma análise interna do médico, ou seja, não basta recomendar tão-somente porque é o “assim recomendado na literatura” É  preciso que a base técnico-científica tenha sido alvo de uma filtragem pessoal-profissional, uma atividade de raciocínio clínico acerca da conveniência para o momento clínico. Ajustes   dentro da figura clássica do alfaite sobre o “prèt-à-porter” da literatura é indicador de Integridade do médico um olho na Medicina, outro olho no paciente, os dois na ética.

A confiança na integridade do médico por parte do paciente é alicerce para outra plataforma da Bioética, que se materializa como consentimento na beira do leito.

Parece claro que, na verdade, todos nós praticamos a Bioética da Beira do leito, caso a caso, no nosso dia-a-dia. No trânsito de diagnósticos e tratamentos respeitamos o farol da Bioética, brecamos no vermelho, hesitamos no amarelo e avançamos no verde.

O que alguns chamam de Bioeticista são os interessados em conhecer mais a fundo os meandros do dever de cada um com o outro e de todos com a Humanidade (definição de Bioética dada pelo filósofo francês contemporâneo André Compte-Sponville, nascido em 1952). Mas cada um que exerce a beira do leito é um bioamigo praticante na rede de atendimento ás necessidades do paciente!

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