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1770- Decido, logo existo (Parte 7)

Por outras palavras, a sociedade, num contexto principialista almeja disponibilidades de métodos de beneficência para conseguir benefícios, deseja preocupações profissionais com não maleficência para evitar/reduzir danos e hierarquiza o direito de consentir ou não com a beneficência e a não maleficência recomendadas.

Tema recorrente de interesse da Bioética da Beira do leito é o médico julgar como errada a decisão dissonante do paciente em relação a suas orientações sustentadas pelo estado da arte, muitas vezes, esquecendo que ambiguidades e vaguezas são habitués em considerações leigas sobre saúde.

Se por um lado, há a exigência conceitual da terapêutica pelo quadro clínico, por outro lado, não deve haver imposição pelo médico de obter um Sim doutor, concordo. O que se espera do médico é a disposição pelo esclarecimento/reesclarecimento, pelo empenho para conhecer e entender causas do Não concordo, doutor, dispor-se a dar um tempo para o paciente se refazer de um nocaute emocional pelas informações.

É essencial ter mente que uma notícia pode ser ao mesmo tempo qualificada como boa ou má. Avaliações dependem do lado da conexão médico⇔paciente que se esteja. Enquanto que o médico mentaliza que há uma (boa)solução validada, o paciente entende como (má) solução pelas decorrências.

Juízos moralizantes são formas indesejáveis de comunicação no ecossistema da beira do leito. Eles prejudicam a empatia, a aceitação, a revisão pelo paciente em momentos de negativa, contribuem para a desconexão médico⇔paciente.

Razão para que o paternalismo – o brando – seja estimulado no decorrer de processos de tomadas de decisão, considerando-o pró-beneficência sem ser antagônico (não coercitivo) ao direito do paciente ao princípio da autonomia.

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