PUBLICAÇÕES DESDE 2014

996- Pele bioética (Parte 1)

É muito interessante! Temos que reconhecer. Todos desejamos ter uma pele bonita. Você não? Bioamigo. Claro que sim! De modo mais explícito ou mais velado, mais consumidor ou mais instantâneo, mas sempre entre os cuidados.  Quanta pressão e quanta tensão a pele humana promove por seu dinamismo fisiológico que impacta na auto-estima. Que outro órgão saudável recebe tanta atenção direta, através do espelho ou em imagens e que costuma provocar pensamentos e opiniões tão impactantes no dia-a-dia?      

Valorizamos a pele além de tudo por suas utilidades bom-bril: importância estética, regulação térmica, modelação do corpo, anteparo de choques, forte proteção em relação ao ambiente, efetor do tato, denunciador de doenças. Está associada ao mais antigo método semiológico, a inspeção e motivou a percussão.    

Bioamigo, amadureceu-me a ideia que a militância em Bioética faz nascer uma segunda pele. Confesso que eu posso sentir como assimilei uma pele extra e noto-a preciosa, por isso, o desejo de compartilhar a percepção por mais estranha que possa soar.

Caracterizo-a agradável, elástica, sem cor definida, sensível. Se a pele original é o maior órgão do corpo humano – estimada em cerca de 2 m² se esticada- esta nova torna-se vasto apenso à constituição moral de atuações na beira do leito. Entendo-a que recobre, encobre e reconstrói. Forjada para estar na linha de frente, ela não envelhece, amadurece. Percebo-a um imperativo que exige cuidados permanentes em prol da consciência moral. Pelos eriçados constantemente pela legítima necessidade do caminhar pelos meandros de confrontos. Um revestimento para a harmonia. 

Cogito que quem estiver atraído e experimenta as intimidades da Bioética não dispensa a aquisição. Convenci-me ao longo da militância que Bioética é pura sedução que predispõe e apodera. Desconheço um ex-militante em Bioética por decepção com a causa. A Bioética gruda e o faz como nova pele. É bem-vinda! Afeiçoa!

Perceba a sua, bioamigo! Ela é útil pelo hábito dos militantes em Bioética estarem sempre em missões de busca de sarna para se coçar, comichões por excessos e por escassezes da arte de aplicar ciência. Pois é bioamigo, faça uma retrospectiva de suas atuações em Bioética e perceba como a pele adquirida lhe acompanhou. Reforçará que a pele bioética é incolor, inadmite maquiagem, rejeita tatuagens e valoriza a prudência- virtude e ética- como tato humano. Cabe a ênfase metafórica com viés sinestésico ao gosto da Bioética da Beira do leito: a pele bioética facilita o tato humano na beira do leito.

A pele bioética é barreira contra antieticidades e antilegalidades advindas do exterior e tem papel essencial no complexo equilíbrio entre ciência e humanismo. É elemento de salvaguarda de influências diversas e que objetivam o respeito a limites convencionados – ou nem tanto- na aplicação das ciências da saúde.

A pele bioética é vantajosa no decorrer daquelas transgressões a que muitas vezes nos propomos para conseguir um melhor ajustes às circunstâncias, não importa o que os outros pensem e digam e que assim expressa verdadeira liberdade, vale dizer autenticidade com sabor Bioética. 

COMPARTILHE JÁ

Compartilhar no Facebook
Compartilhar no Twitter
Compartilhar no LinkedIn
Compartilhar no Telegram
Compartilhar no WhatsApp
Compartilhar no E-mail

COMENTÁRIOS

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POSTS SIMILARES