Equilíbrio é palavra-chave na beira do leito. Muitas vezes, ele se mostra instável, parecendo se afastar cada vez mais do controle, o que coaduna com o objetivo da Bioética Beira do leito de harmonizar o racional que orienta fundamentações, o emocional sensível ao momento e o singular mundo plural da saúde do ser humano.
Todos os dias, acontecem choques entre visão pelo clássico e visão pela inovação, segundo a tradição e segundo a novidade na beira do leito. Eles são energizados pela exigência sobre a aplicação das ciências da saúde para bem da humanidade do ensinamento proposto há 26 séculos por Aristóteles (385ac-322ac) – portanto, ele viveu seus primeiros 15 anos próximo a Hipócrates (460ac-370ac), no período conhecido como florescência da Grécia antiga): É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer.
Esta sutileza entre o valor de ensinar e o mérito de aprender é notável sabedoria para a beira do leito essencial para apoiar as sequentes metamorfoses na utilidade das ciências da saúde. Ela admite o alerta do educador Amos Bronson Alcott (1799-1888): O verdadeiro mestre defende seus alunos da própria influência.
Há na
Bioética da Beira do leito a forte intenção pedagógica de preservar as bases precursoras sobre necessidades realçadas por William Stewart Halsted (1852-1922), o cirurgião que além de incorporar a luva de borracha por amor à enfermeira que se tornaria sua esposa (livrá-la do eczema pelo contato com o fenol) introduziu ao final do século XIX, por amor à profissão, o conceito de residência médica, bem como de homenagear o pioneirismo do programa
brasileiro de residência médica criado na década de 40 do Serviço de Ortopedia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Desenvolve-se a disposição de apoiar os modernos programas de residência em ciências da saúde que legitimamente se organizam para levantar necessidades, elaborar modos de satisfação, implementar o treinamento e avaliar resultados. Uma estruturação imprescindível face ao gigantismo das ciências da saúde, pois se estar nos ombros do gigante possibilita enxergar mais longe (a ciência), por outro lado distancia das bases (o ser humano).
