O desenvolvimento da telemedicina traz apreciações sobre a responsabilidade do profissional da saúde na distância eletrônica. É contexto onde o pensamento transdisciplinar de inspiração na microfísica ajuda na compreensão necessária para o processo de tomada de decisão.
Corpúsculos afastados continuam a interagir independente da distância, desdizendo a causalidade local e afirmando uma causalidade global, fenômeno da mecânica quântica que é chamado de não separabilidade.
Consideremos o tradicional Me dê notícias que o médico diz ao paciente quando encerra um período presencial- alta hospitalar ou final de consulta ambulatorial. A mensagem significa que o médico deseja receber um retorno não presencial que se consolidou ao longo do século XX como um contato telefônico. Em outras palavras, a aplicação de um método de telemedicina, alinhado com a não separabilidade.
O cumprimento do dar a notícia ao médico pelo paciente tem um leque bem aberto de tipos de informação, desde uma comunicação quase que desnecessária até uma obrigatória e altamente influenciadora da evolução e do prognóstico.
A disponibilidade de aplicativos em smartphones colocou o dar notícias ao médico na palma da mão do paciente em qualquer área geográfica onde esteja. Os pontos positivos incluem acolhimento, segurança, agilidade para providências e documentação.
A Bioética da Beira do leito interessa-se por conexão médico-paciente intermediada pela tecnologia da informação e da comunicação. O aspecto primordial é a interface entre uso, não uso e abuso. O uso pode ser vantajoso, o não uso pode trazer consequências danosas e o abuso… bom, este está sempre provocando reticências ao uso vantajoso por lembrar da pluralidade de entendimentos e comportamentos da condição humana.
