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1479- Voz ativa do paciente como propriedade (Parte 4)

As decorrências do passado refletem-se num espelho que pode ser indiscreto como apresentado pelo humor de Sacha Guitry (nome artístico de Alexandre Georges-Pierre Guitry,1885-1957)… Mas, que também impede o silêncio que faz desperdiçar a experiência. Cada ruga profissional na aparência do médico teve um preço e proporciona sequentes dividendos éticos/morais/legais.

É irrefutável que o passado de um médico nunca deixa de estar presente, que a memória profissional o reaviva caso a caso e que quanto mais passa o tempo de prática, saudosismos à parte, aumenta sua expressão de fio condutor repleto de contribuição para alimentar abrangência e profundidade a análises críticas sobre a aplicação  da medicina.

O médico que assim se conscientiza que possui o espelho que resgata o que foi bom e mau e compreende a pedagogia da percepção e da aceitação da realidade como fonte para progredir profissionalmente, comunga  com Lewis Carroll (Charles Ludwidge Dogson, 1832-1898) em Alice Através do Espelho: Você não pode mudar o passado, mas pode aprender com ele. Ademais, demonstra que sabe o valor da ampla clareza sobre as forças subjacentes e as consequências de suas atualizações de escolhas e que em nome da preservação de seus verdadeiros interesses reflete o sentido do tempo dito por Somerset Maugham (1874-1965): Eu não penso no passado. A única coisa que importa é o presente eterno

O valor da facilitação do alcance das consequências por cálculos prévios está bem consignado na história do jogo do xadrez. O médico não precisa saber jogar xadrez, embora metaforicamente faça na beira do leito, mas não pode olvidar a sabedoria do seu inventor, conforme exposto por Malba Tahan (Júlio César de Mello e Souza, 1895-1974), no seu livro – e meu de cabeceira – O Homem que Calculava.

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