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1476- Voz ativa do paciente como propriedade (Parte 1)

Bioamigo, somos o que nos tornamos. Se quisermos ser com virtude, temos que adquirir maneiras de sermos virtuosos que compartilhem a disposição de fazer o bem. O exemplo é essencial para compreender o significado e a prática de cada virtude.

O exemplo do par conhecimento-relacionamento vale para a arte de aplicar na beira do leito a medicina que agrega tecnociência e humanismo com o rigor da atenção ao conjunto de dados presentes na  situação, a abertura a novidades e possibilidades desconhecidas que possam revelar até então desapercebidas realidades e a tolerância a opiniões.

A noção de arte na beira do leito é necessária para dar um sentido estético à prática da medicina que inclui um trio de capacidades não cognitivas formado por percepção sensorial, sentimento e emoção. Faz conscientizar que não há beira do leito isenta de um ambiente emocional. As decorrentes infinitas manifestações sustentam o valor do fazimento da conexão médico-paciente com um penetrante olhar ciclópico. Ele simboliza a integração da captação plural de dados e fatos essencial para o imprescindível respeito à pessoa na beira do leito, “único olho clínico” capaz de prover a profundidade da visão biocular.

O exercício da medicina com calibragem adequada de suscetibilidade, subjetividade e objetividade a que o médico habitualmente se prepara observando modelos de comportamentos nos colegas tem tradição de promover o posicionamento da imagem do médico no lado bem da humanidade. O médico inclui-se no podium da confiança global.

A imortalidade de Hipócrates (460 aC-370 aC) – um imaterial “doctor influencer” – é um símbolo do continuado cuidado do médico com a preservação de alto nível de competência na sociedade e que se faz presente no Princípio fundamental IV do Código de Ética Médica vigente: Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da profissão. Trata-se de um prolongamento ao hipocrático Prescreverei o regime dos enfermos de modo que lhes seja mais proveitoso, conforme minhas possibilidades e meu conhecimento, evitando todo o mal e toda a injustiça. Não darei venenos a ninguém, mesmo que me peça, nem farei sugestões nesse sentido.

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