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146- Bioética útil para leigos

Neste momento onde Ética é palavra de ordem no Brasil, você que é leigo em Medicina e se interessa por assuntos médicos, saiba: A Bioética tem alto valor para a cidadania de modo geral e de modo particular para ajudá-lo a se posicionar frente ao profissional da saúde e tomar decisões sobre o próprio bem-estar, inclusive, para orientar familiares e amigos.

Em poucas palavras, a Bioética trabalha para conciliar os deveres dos profissionais de saúde- médico, enfermeiro, fisioterapeuta, farmacêutico, psicólogo e demais- com o modo pelo qual você quer viver a sua vida, especialmente frente aos desejos de se manter saudável e de se recuperar de uma doença. A Bioética preocupa-se com a correta combinação de autoridade e de liberdade.

Assim, entendendo que todo cidadão tem o direito de participar ativamente de decisões sobre a saúde de si mesmo, a Bioética colabora para que cada um tenha a oportunidade do encontro eficiente com os profissionais de saúde, do recebimento de reais benefícios contra moléstias e do compromisso profissional com a segurança biológica de qualquer ato médico.

Leia e guarde 10 saberes com fundamento na Bioética. Eles são úteis para momentos de dúvida sobre questões de saúde:

  1. A Bioética dá o máximo valor à realidade que você e o médico são antes de tudo dois seres humanos.
  2. A Bioética recomenda que você seja bem esclarecido e manifeste um de acordo com a conduta recomendada pelo médico. Chama-se princípio da Autonomia.
  3. A Bioética valoriza sobremaneira a boa comunicação. Você tem todo o direito ao diálogo médico-paciente para resolver quaisquer dúvidas.
  4.  A sua decisão sobre condutas médicas não deve ser pautada pela presença de um relógio apressado. A Bioética valoriza o tempo justo.
  5. A Bioética considera como remédio tudo aquilo que é usado com o objetivo de melhorar a sua saúde. Medicamento, reeducação alimentar, exercício físico, por exemplo.
  6. A Bioética chama a atenção que todo remédio prescrito pelo médico deve ter a boa chance de benefício, ou porque ele já  passou por comprovação da eficácia por pesquisa e/ou porque é fruto de conceituada vivência profissional.  Chama-se princípio da Beneficência. Um sonoro não ao desperdício, essencial na questão da alocação de recursos públicos e do seu bolso.
  7. A Bioética reforça  que remédios têm sempre a possibilidade de provocar efeitos adversos em determinadas ocasiões. Se o médico não lhe falar espontaneamente, solicite  que lhe esclareça como ele ponderou sobre prós e contras. Está de acordo com o princípio da Não Maleficência.
  8. Caso você não deseje  correr o risco de adversidades relatadas, informe logo ao médico e verifique se há a possibilidade de outras opções úteis e eficazes. A Bioética admite eventualidades de  suas recusas como paciente responsável.
  9. Caso você se interesse por “remédios” lidos ou ouvidos por aí, verifique com seu médico se há, de fato, comprovação científica. Os que chamam de remédio natural, por exemplo, se fizer algum bem, carregará, invariavelmente, algum risco de efeito adverso que não consta em bula. A Bioética ajuda a evitar frustração de expectativas e gastos desnecessários.
  10. Você usaria a escova de dente do vizinho? Se não, nem cogite pensar que a receita que foi boa para ele deverá ser emprestada a você. A Bioética aconselha que esta advertência valha também para um exame e para uma operação.

Paciente ou não, tenha sempre a Bioética ao seu lado!

 

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