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1450- Non nocere imortal (Parte 1)

Este artigo foi inspirado nos artigos abaixo:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A UNICEF estimou em cerca de 400 mil o número de bebês  com data de nascimento em 1 de janeiro de 2020, um dia de esperanças e aspirações renovadas quanto ao futuro. O SARS-CoV-2, vírus da família dos coronavírus, iniciava uma pandemia. Em pouco tempo, os bebês do ano novo concebidos num determinado planeta tornaram-se habitantes de “outro” planeta, agora mais bem conscientizado do despreparo para lidar com dualidades bem-mal.

A doença Covid-19 é um mal, evidentemente, mas determinado medicamento, o isolamento interpessoal, a vacina rapidamente disponibilizada são um bem? Tornaram-se recorrentes interrogações de Protágoras (485 aC-421 aC): Têm dois lados… pelo menos. Os desafios ao saber e à sabedoria acumulados no planeta sustentaram direcionamentos em gangorra pois jamais isentos de incertezas, conflitos e dilemas.

A ciência foi naturalmente convocada para dar liderar respostas, mas o dito por Oliver  Wendell Holmes (1809-1894) não deixou de sussurrar aqui e acolá na expectativa de uma repetição de sugestão de conhecimento eficaz e confiável : medicina… aprendeu com um monge a usar antimônio  (tártaro emético), com um jesuíta como curar malária com quinino, com um frade como cortar pedra renal, com um soldado como tratar a gota, com um marinheiro como evitar o escorbuto, com um carteiro como desentupir trompa de Eustáquio, de uma ordenhadeira como prevenir a varíola e de uma velha feirante, como pegar o inseto-coceira. Pegou emprestado a acupuntura e a moxa de um pagão japonês e aprendeu o uso da lobélia do indígena americano.

Se uma morte por Covid-19 já representa-se trágica por si, imagine em relação à estimativa feita pela ONU que 15 milhões de pessoas em todo o mundo tiveram o futuro abreviado por uma causa absolutamente imprevista, afora os transtornos da fase aguda e danos por sequelas. A humanidade conviveu sempre com pestes e o contato com o mal na saúde física e mental armazenou no inconsciente coletivo matéria-prima para pensamentos com deságue no bem, no final próspero, no viveram felizes para sempre, conquistados após lutas, reviravoltas de reveses… e acasos.

O imaginário popular persegue instrumentos para o alcance do bom futuro com um saldo positivo para o significativo e valioso. Há os aconselhadores contos maravilhosos de fadas, há o gênio da lâmpada para os desejos habitualmente impossíveis de realização e há a bola de cristal para antecipações.

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