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1402- Dominação, Bioética e passageiro do ônibus de Clapham (Parte 3)

A Bioética da Beira do leito destaca a expansão assim acontecida do que pode chamar de interação social do médico/medicina num contexto de meios pelos quais intervém (voluntária ou involuntariamente) como autoridade para normalizar/minimizar/eliminar comportamentos na esfera da saúde individual e coletiva. Um objetivo relevante é expandir o espírito promotor/protetor da saúde da puericultura para todas as idades.

De alguma forma, cada indivíduo tem oportunidade de qualificar/regular o exercício de uma autovigilância sobre perdas da saúde, de uma autodisciplina sobre preservação da saúde, autodiagnóstico, inclusive. Pode ser entendido – desde que bem assessorado, pelo risco da medicalização sem de fato por um remédio – como ganho de poder pelo paciente num vaivém de dispersão do foco e concentração de orientação, individualização de sintoma e totalização numa síndrome. Todavia, a apreensão de medicina não diretamente desde o médico dificulta o profissional bem conhecer como se dá cada introjeção leiga com notórias influências na atual comunicação na beira do leito.

Thomas Percival

Há cerca de 250 anos, Thomas Percival (1740-1804) elaborou conselhos para o relacionamento entre médico e paciente que se tornaram pontos de referência para a moderna Ética Médica e tendo como uma das orientações: unir ternura com firmeza e condescendência com autoridade para inspirar as mentes de seus pacientes com gratidão, respeito e confiança.

A ética/moral aplicável à conexão médico-paciente admite o dito pelo Prêmio Nobel de Literatura 1948 Thomas Stearns Eliot (1888-1965): O tempo presente e o tempo passado são ambos talvez presentes no tempo futuro e o tempo futuro contido no tempo passado.

Neste século XXI, o médico ético partícipe da conexão médico-paciente contemporânea bem consciente do significado social e da incessante renovação da medicina ditada por uma continuidade de interações entre clássico e inovação sobrepõe submissões à evidência científica e momentos de dúvida/incerteza/hesitação sobre o “bom para” em respeito ao socrático (Sócrates, 470 aC-399 aC) Se sou um, é melhor estar em desacordo com o mundo do que estar em desacordo comigo mesmo.

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