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1400- Dominação, Bioética e passageiro do ônibus de Clapham (Parte 1)

Vinte e um séculos depois, não há consenso sobre uma resposta à dúvida de Plutarco (46-120) Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Recentemente, um supercomputador respondeu que foi a galinha, enquanto que Stephen William Hawking (1942-1018)  declarou ter sido o ovo.

Esta questão ensina que nem sempre o ser humano consegue ter respostas etiquetáveis como certas ou erradas sobre a vida (bio) por mais que haja tentações neste sentido. É lição que  veste como uma luva as mãos de quem valoriza a Bioética (Ética da vida).

As vidas humanas estão destinadas a jamais deixarem de ser um paciente em algum momento, enquanto que apenas um contingente diploma-se em medicina. Inclusive, a Organização Mundial de Saúde preocupa-se em estabelecer uma proporção ideal de médicos na população e como se sabe, os desdobramentos dos saberes sobre doenças antecedem a criação de especialistas cada vez mais afunilados nos objetivos. Parece, então, bioamigo, que fica fácil responder uma variante antropomórfica da questão acima: Quem nasceu primeiro? Foi o médico ou foi o paciente?

O paciente certamente, haja vista que o Homo sapiens está sujeito a adoecer por hereditariedade, por má-formação embrionária, por contato com seres vivos (micróbio, vegetal, outra pessoa, acidente, crime) ou mesmo minerais, por escolhas pessoais/maus hábitos, por degeneração constitucional, por desgaste do envelhecimento, por comprometimento da natureza num contexto de Antropoceno.

Os papiros de Erwin Smith (cerca de 1600 aC) exposto na Academia de Medicina de Nova Iorque e de Ebers (cerca de 1550 aC), acervo da Universidade de Leipzig, contém indicações de como o ser humano doente desencadeou um interesse mais organizado dos concidadãos no Egito. Por outro lado, na Babilônia, o Código de Hamurabi (cerca de 1750 aC) mencionava o médico como alguém diferenciado e com responsabilidades, inclusive sujeito a recompensa pelo sucesso e penas pelo insucesso “profissional”.

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