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1354- Vieses no processo decisório no ecossistema da beira do leito (Parte 3)

O reconhecimento dos efeitos comportamentais atribuíveis a vieses, com suas distorções da racionalidade que se tornam cascas de banana jogadas no caminho decisório, é essencial na inserção da Bioética no ecossistema da beira do leito, não somente como indução para destaques momentâneos de temas a serem abordados, como também como pontos de referência para análises críticas de atitudes e comportamentos profissionais e leigos. A coleção de vieses é ampla e requer um treinamento para os reconhecimentos caso a caso.

A Bioética da Beira do leito valoriza neste contexto da reação imediata/mediata a separação da cognição feita por Daniel Kahneman (nascido em 1934) num Sistema 1 em que o processo mental realiza-se à parte de uma conscientização – o motorista para sem pensar no farol vermelho e acelera quando se torna verde-, e num Sistema 2 em que decisões necessitam da concentração ponderada para deliberação – aproveito ou não o sinal amarelo?

Percentual do Não doutor que vem a ser tão somente provisório articula-se com o Sistema 1 desvinculado de reais intenções de se autoprejudicar por força de vieses previamente incorporados, não exatamente conscientes e amalgamados, por exemplo, ao poderoso viés da confirmação, ou seja, a tendência humana para reforçar seletivamente o que se mostra de acordo com nossas ideias e rejeitar, inconscientemente, o  que não se harmoniza com o nosso modo de pensar/desejar – Doutor, internação nem pensar.   

O desejável interesse por vieses no ecossistema da beira do leito com suas decorrências, em última análise, para o prognóstico clínico compõe-se com o dito por Abraham Lincoln (1809-1865): O passado pode ser inadequado para tempestades do presente, devemos nos libertar, novo caso, novo pensamento e nova atuação. Pois é bioamigo… Falar é fácil… Tendemos a obedecer prioritariamente ao compactado em nosso interior… 

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