Beneficência e maleficência num mesmo comprimido termina com qualquer dúvida sobre paradoxo embutido na medicina, assim, trazendo a imperiosidade da preocupação com a transformação da intenção em atuação. Benefício e malefício admitem o paradoxo que o homem (o benefício) quanto mais iluminado anda para o lado oposto de sua não eliminável sombra (a adversidade).
À medida que o número do CRM se torna mais baixo no conjunto de médicos, cresce o testemunho a respeito de obrigações a mudanças/aperfeiçoamentos de paradigmas clínicos ou laboratoriais. Bioamigo com quantos paradoxos você teve que lidar nos últimos dias representando verdadeiros malabarismos mentais para fazer o bem melhor para o paciente num cenário de complexidades alimentadoras de incertezas, acasos e desconhecimentos?
Certamente o número não é pequeno e, importante, você utilizou sua competência, seu raciocínio clínico caminhante como algoritmo para dados e fatos alinhados à inteligência natural do cérebro biológico de neurônios e sinapses que é o que dispomos como nossa propriedade nutrida pela circulação sanguínea, o que não significa que o cérebro eletrônico de silício não seja bem-vindo parceiro para ampliar a competência, aperfeiçoar a orientação do pensar a intenção e aplicar a atuação nomeado como inteligência artificial. Afinal, a beira do leito é um ecossistema e como tal é essencial preservar um senso de harmonia entre componentes bióticos e abióticos, especialmente, quando o abiótico carrega vieses bióticos!
Afora paradoxos bem compreensíveis como Quanto mais ganho conhecimentos, mais me sinto ignorante, Mais é menos, Recuando, consigo dar um salto, nove paradoxos clássicos ajudam a maturar o lidar com as circunstâncias caleidoscópicas dos casos clínicos, a apoiar pensar/fazer e a aferir o grau admissível de flexibilidade atitudinal e comportamental mantendo alto respeito pelo valor da tecnociência.