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1347- Intenções, atuações, paradoxos e a Bioética da Beira do leito (Parte 4)

Para a Bioética da Beira do leito, o exercício mental da intenção de fazer (ou não) é mais apropriadamente nomeado como atitude, enquanto que a atuação de fato é comportamento, ou seja, a atitude pode ou não ser consumada, tornar-se ou não um comportamento. O respeito ao princípio da autonomia determina um cotidiano de exemplos em que o médico atua distintamente da intenção original.

Bioamigo, assim, sob o aspecto prático, é preciso atenção para bem compreender à luz do respeito à ética eventuais sentidos ambíguos entre pronunciar Eu irei fazer assim (certeza?), Eu tenho que fazer assim (certeza?), Eu faria assim, caso… (possibilidade numa condição), Eu poderia ter feito assim (possibilidade numa condição), Eu devo fazer assim (possibilidade numa condição), Eu deveria fazer assim (houve algum impedimento), Eu posso fazer assim (possibilidade em geral).

A Bioética perante conflitos, dilemas e desafios coopera para a organização mental sobre o que acontece e o que fazemos acontecer, em ambos sendo a prudência essencial. Por isso, a Bioética da Beira do leito entende a prudência como fator de qualificação para a passagem do dizer para o fazer, para bem integrar o cognitivo, o afetivo e o conativo (comportamental) diante das circunstâncias. 

Estude o conhecimento! Treine habilidade! Tenha atitude! Comporte-se! Seja compassivo! São orientações de uma Residência Médica para o jovem médico obter aprendizado pós-graduado para lidar de modo ordenado com causas e efeitos, intenções e atuações, decisões determinantes e revisões evolutivas.

A Bioética da Beira do leito adverte que por mais que diretrizes clínicas orientem a aplicação qualificada da tecnociência e haja respeito médico ao direito à autonomia pelo paciente, as reciprocidades no âmbito da medicina-médico-paciente suscitam uma cascata de ajustes exigente de mediação e julgamento da mente clínica.

É atividade necessitada da segurança ética/moral/legal alinhada à prudência e ao zelo, pois um dos receios habituais do médico contemporâneo é de ser processado por imprudência e negligência. Os ambientes de treinamento devem ser propícios suficiente para moldar o estilo de ser médico.

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