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1344- Intenções, atuações, paradoxos e a Bioética da Beira do leito (Parte 1)

Desde muitos séculos existe a relação medicina-médico-paciente. Multifacetada ao longo do tempo, com fermentações periódicas em  processos de conhecimento com transformações do não-ser em ser com significados, a tríade ganhou a companhia/influência da Bioética no decorrer do século XX.

Compõe-se um quarteto. Ele se realiza com itinerário formativo e reflexivo sob domínio da inteligência humana natural, nossa poderosa ferramenta compactada num cérebro dentro de uma caixa forte e conectada ao exterior por órgãos dos sentidos, utilizada para o bem e para o mal, conduzindo combinações de progressos, estagnações, sucessos, decepções, expectativas/esperanças de modo geral.

Bioamigo, não se deve perder oportunidade para relembrar este atributo intelectual natural, por isso, aqui fazemos de passagem. A razão é que cerca de 25 séculos depois que a linguagem divina suficientemente enigmática para permitir e necessitar interpretações, suscetível de mais de uma, foi afastada das orientações na saúde em prol de uma conexão tão somente humana, nascimento da consciência moral sobre responsabilidade do Homo sapiens com a saúde, do discernimento a respeito das realidades dos encontros com subjetividades e objetividades sobre o corpo, surgem novos habitantes do ecossistema da beira do leito, frutos da cultura e necessitados de integração simbiótica com os recursos da natureza.

Quem são? São ao “divindades da computação”. Elas são isentas também do significado figurado da constituição por carne e osso, pois máquinas. Elas geram linguagem mutante na saúde, transformação digital que associa dados de variadas fontes múltiplos contextos e atua, ao mesmo tempo, sob aura promissora e confiável quanto a benefícios pela técnica e sob atmosfera preocupante quanto ao humanismo, à sustentação da espontaneidade do ser humano e ao desenvolvimento da maturidade pelas experiências positivas/negativas vivenciadas, inclusive, motivo atual de apelos para uma pausa no aperfeiçoamento de sua tecnologia. Designadas por inteligência artificial/aprendizado de máquina, empregam-se assessores e mestres  num Olimpo virtual, valorizados e justificados por capacidades acima da humana (transumanismo) para qualificar novas estruturações da beira do leito.

Fechado o parêntesis, bioamigo, cabe a questão: A transformação no quarteto medicina-médico-paciente-Bioética está sendo útil no ecossistema da beira do leito? Traz vantagens para estabelecer bases seguras para as perspectivas tecnológicas de controle/reversão de morbidades até agora associadas a mau prognóstico clínico? Auxilia na compreensão das realidades evolutivas da criatividade humana, nas conjecturas sobre transumanismo e pós-humano imbricadas com a saúde? A resposta, bioamigo, é inequívoca: Com certeza! A Bioética é componente irreversível!

Uma explicação do afirmativo está na motivação do nascimento da Bioética. De fato, não por acaso, trata-se de um neologismo por combinação de termos, o que significa que foi uma palavra pensada para melhor expressar as ideias constitutivas.

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