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1343- Medico sapiens e Medico ciborgue (Parte 16)

O ocultamento do ciborgue no sapiens, uma participação “diretiva” fora de cena, que se afigura como uma imposição do destino às futuras gerações de “filhos universais do Pai Hipócrates”, irrefreável mesmo, significa risco de inimputabilidade ética, cível e penal acompanhada de carência de vergonha e comprometimento da sinceridade (interior) embora possa haver honestidade sobre o exterior tecnocientífico. A culpa sobre eventuais equívocos? Ah! Foi do sistema… Do circuito… Do silício… Terceirização? lembremos do Parágrafo único do Art. 1º acima mencionado.

Assim, num vaivém entre Medico sapiens (inseguro) e Medico ciborgue (seguro), como está sendo e como será, que o risco de interferência ética/moral/legal de natureza impositiva, perigo de excessos, abusos, transgressões de limites, inflexibilidades decisórias, enfim atuar como bem entender sem temor por represálias, a imunidade da invisibilidade deve ser considerada?

Em meio a um jogo de evidências entre tecnociência e objetivos/valores/desejos/preferências do paciente, a força da de fato resolutiva beneficência altamente qualificada pela inteligência artificial tem o potencial de sufocar, por utilitarismo, o humanismo do direito do paciente ao princípio da autonomia. Por isso, é essencial o objetivo ético da manutenção do simbolismo do anel de formatura com a pedra voltada, pelo  contexto do Giges, para o dorso da mão e não para a palma da mão. Um dos pontos de interesse é o futuro do tudo devidamente anotado no prontuário do paciente na esteira do transumanismo cultural.

Evitar o descompromisso com a satisfação de seus atos pelo glamour da tecnociência no domínio da inteligência artificial, é alerta da Bioética da Beira do leito pela possibilidade da perda de controle ético. Frankenstein, o Prometeu moderno, publicado aos 21 anos de idade por Mary Wollstonecraft Shelley (1797- 1851) é ilustrativo!

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