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1339- Medico sapiens e Medico ciborgue (Parte 12)

A revelação da competência (conhecimentos, habilidades, atitudes) em medicina aplicada caso a caso amplia a participação do paciente, motiva sua voz ativa e no contexto das responsabilidades do médico inspira transparência no processo de tomada de decisão e dá sustentação à aplicação do consentido. 

Resulta uma documentação tanto sobre a tecnociência quanto sobre o ser humano envolvidos, disponível para acessos subsequentes objetivando resgate e interpretação de pretensões, realizações e não realizações, tradicionalmente em medicina, tendo o prontuário do paciente, instrumento de memória elaborado pelo médico e pelos demais profissionais da saúde, como repositório das informações. Documentar é preciso, evidentemente, mas o mais importante é como o documentado de fato acontece passo a passo, sob os vários ângulos éticos, morais e legais. 

A transparência da conexão medicina-médico-paciente tornou-se substrato essencial da confiança na beira do leito, aspecto indispensável. Por isso, o “espírito de prontuário” deve ser conjecturado não somente como anotações, mas também na alimentação dos vaivéns dialógicos, algo como O senhor disse….Entendemos que… Gostaria de esclarecer…

A Bioética da Beira do leito enfatiza que o ecossistema da beira do leito está cheio de paradoxos. A disposição de transparência da conexão medicina-médico-paciente, em individualidades, abraça-se ao sigilo profissional, haja vista que só cabe sigilo na saúde a uma informação passível de revelação. O médico deve quebrar os segredos da doença e não os do paciente.

Transparência e sigilo profissional formam um par peculiar sob guia de normas éticas e legais que orientam os extremos de quando tudo deve ser dito, quando nada deve ser dito e suas interposições em momentos presentes e futuros.

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