Porque, afinal, o médico não somente precisa se colocar na “pele” do paciente ciborgue para entender o significado de portador de implante, transplante, órtese, prótese, psicofármaco, modificação genética, como também ele próprio terá necessidades de saúde passíveis de merecer mesmas condutas.
Os benefícios da interação ser humano-máquina no campo da medicina incluem efeitos restauradores de funções, órgãos e membros, efeitos normalizadores de retorno à rotina pessoal e profissional, efeitos de reconfiguração transumana e efeitos de melhoria saudável, reações mais ágeis e mais precisão de conhecimento, habilidade e coordenação. Fica, entretanto ecoando: E quanto à atitude pretendida nas relações humanas, que tipo de matéria as efetuará? O quanto será dosada pelo racional, pelo reflexivo, pelo senso comum.
Pois é, bioamigo, o Medico ciborgue, um profissional que se profetiza com forte hierarquização da proporção de uso da inteligência artificial sobre a natural tem expansão dominadora prevista para curto espaço de tempo.
Amor e ódio para um devir ciborgue a ser interposto entre natureza e cultura, hibridismo de carne, osso e silício, realidade social pela experiência a ser vivenciada que nunca deixará de se fazer ficção, desvinculado da reprodução orgânica, pós-gênero articulado com correntes e circuitos necessitados de uma tomada e sobressaindo-se a neurônios nutridos pela circulação sanguínea.
