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1329- Medico sapiens e Medico ciborgue (Parte 2)

A mudança de paradigma que aconteceu no decorrer do chamado Período Clássico (500aC-338aC) foi contemporânea de magníficas expressões da arte e da cultura e significou na área da saúde que um ser humano é quem deve cuidar da saúde de outro ser humano. Por óbvio, o exercício da atenção à saúde humana num ambiente frequentado tão somente por mortais e onde ambos, médico e paciente, devem estar dispostos a educar e serem educados sobre questões da saúde.

Se até então, recorrer à sabedoria dos deuses era a opção, agora iniciava-se um modelo que pretendia recomendações específicas pelo saber apreendido das inter-relações humanas e dos contatos com a natureza, acima de uma abstrata autoridade difusa de quem recomendava à distância.

A hierarquização da observação atenta e individualizada de dados e fatos desde os pacientes pela escola de Cós deixou o legado Corpus Hippocraticum que representa o sucesso do investimento na inteligência humana para o “enriquecimento profissional” e que teve como base inicial os templos de Asclépio.

Aspecto relevante do ambiente essencialmente humano é que a aplicação dos conhecimentos e das habilidades embora escassos acompanhavam-se por demonstrações “humanas ao vivo” de compaixão e compreensão, bem mais acolhedoras contra a dor e o sofrimento e em prol do melhor-estar possível nas distintas adversidades do que os afetos eventualmente embutidos em orientação divina. Valorizava-se a atitude “profissional” incluindo-se na semente da competência profissional (conhecimento, habilidade e atitude).

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