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1315- Ética não se define, pratica-se ( Parte 3)

Há uma singular sabedoria envolvida na arte da comunicação médico-paciente.  O valor clássico da queixa principal e da anamnese já faz perceber a energia da comunicação como recurso essencial para a sustentação de observações e percepções iniciais e sequentes na atenção às necessidades de saúde.

Na verdade, a anamnese em seu significado de dar conhecimento, é uma prática em duas vias de direção que perpassa por todo o atendimento. Cada verbalização explicativa e autorizadora com seus vaivéns que acompanha, idealmente, os passos tecnocientíficos pode – e deve- ser considerada  como expressão de anamnese.

Para uma ciência nada exata prover significados humanos, faz-se essencial aproximá-la da sociedade por uma comunicação qualificada entre quem conhece medicina e quem se conhece. Pela coexistência de inevitáveis afirmações e negações, neste século XXI, monólogos justapostos não satisfazem a beira do leito. Expressar medicina e humanismo requer diálogo eficaz. O complicado é firmar o que é um diálogo eficaz com plenitude sincera e honesta.

A Bioética da Beira do leito valoriza um conjunto que comunga a letra C inicial: Ciência, Comunicação, Clareza, Compreensão, Competência, Compaixão, Cautela, Comprometimento, Compartilhamento, Cuidados continuados, Cuidados clínicos, Cuidados cirúrgicos, Coleguismo… e Caráter.

Palavras familiares aparentemente inteligíveis não necessariamente preenchem a representação médica do contexto da circunstância em abordagem, do que de fato consiste no jargão da medicina, enfim, como se encaixa. No caso da comunicação na área da saúde, há forte influência de como se dá a compreensão do médico sobre o sistema orgânico sujeito a doenças e degenerações na emissão do diagnóstico, de terapias resolutivas, preventivas e paliativas, sempre tendo como pano de fundo qualidade de vida/sobrevida. Duelam o individual na universalidade e o universal na individualidade.

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