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1314- Ética não se define, pratica-se (Parte 2)

A Bioética da Beira do leito entende que o quarteto de princípios da Bioética made in Belmont auxilia na otimização da conexão medicina-médico-paciente na medida em que alinha resoluções a interpretações segundo as circunstâncias, vale dizer, o uso de princípios como norma que admite diversidades. É notório o potencial de antagonização entre beneficência tecnocientífica e direito do paciente à autonomia e que impacta de modo distinto na eletividade de atendimento e na emergência. 

É mister onde torna-se interessante enfatizar que princípios diferem de regras no contexto de norma, pois estas são exigências que resultam ou não satisfeitas, uma vez incidentes, requerem cumprimento direto. A regra para pré-operatório é reserva de sangue para eventual transfusão, e como não pode ser transgredida, o direito de o paciente Testemunha de Jeová negar-se a receber transfusão de sangue coloca a regra em contraposição ao princípio da autonomia, um choque normativo que desafia o útil e eficaz do método a se tornar de utilidade e eficácia.     

A Bioética da Beira do leito enxerga a comunicação médico-paciente como uma prática de perscrutamento, dado que o significado de perscrutar admite a conjugação de procurar penetrar no segredo das coisas, examinar e indagar com obrigações mais diretas ou mais interpretativas.
Forma-se um clima, às vezes estável, às vezes instável. Tempo ensolarado, tempo nublado, raios, trovões, chuvas, são metáforas cabíveis. Cada palavra/frase forma uma integração peculiar entre emissão e recepção, assim dando  composição às “condições climáticas”.

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