A Bioética da Beira do leito entende que o quarteto de princípios da Bioética made in Belmont auxilia na otimização da conexão medicina-médico-paciente na medida em que alinha resoluções a interpretações segundo as circunstâncias, vale dizer, o uso de princípios como norma que admite diversidades. É notório o potencial de antagonização entre beneficência tecnocientífica e direito do paciente à autonomia e que impacta de modo distinto na eletividade de atendimento e na emergência.
É mister onde torna-se interessante enfatizar que princípios diferem de regras no contexto de norma, pois estas são exigências que resultam ou não satisfeitas, uma vez incidentes, requerem cumprimento direto. A regra para pré-operatório é reserva de sangue para eventual transfusão, e como não pode ser transgredida, o direito de o paciente Testemunha de Jeová negar-se a receber transfusão de sangue coloca a regra em contraposição ao princípio da autonomia, um choque normativo que desafia o útil e eficaz do método a se tornar de utilidade e eficácia.