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1296- Teleético (Parte 1)

Tele é radical grego. Ele se tornou elemento de formação de palavras na língua portuguesa para expressar a ideia de à distância. O prefixo expressa uma contração do mundo exterior num ambiente próximo habitualmente menor.

Sua aplicação tem muito a ver com a tecnologia, com o virtual, com a comunicação. Na medicina, tele admite uma situação transmissora tanto para usufruto de um distanciamento como o que motivou a invenção do estetoscópio por René-Théophile-Hyacinthe Laennec (1781-1826), quanto do valor de uma aproximação ilustrado num monitor central em UTI. 

A condição tele desenvolveu-se na medicina no século XX e credita-se um marco inicial expansor à invenção do estetoscópio eletrônico, em 1910, em Londres, cujos  amplificadores, receptores e repetidores permitiam a transmissão de sinais por até cerca de 80 Km.

As realidades da teleinformação incluem a capacidade de reproduzir o que se encontra longe numa situação análoga ao presencial com alto sentido de credibilidade. Uma ilustração da confiabilidade é o acontecido na Grécia Antiga quando na disputa sobre quem seria o melhor pintor, os cachos de uva pincelados por Zeuxis (464 aC–398 aC) resultaram tão verossímeis que pássaros vieram bicar.

A telemedicina teve origem em Israel e ocorre há cerca d 30 anos no Brasil. A teleconsulta é um ramo da telemedicina que interessa à Bioética da Beira do leito. Fortes resistências sustentaram a rejeição ética a sua expansão com base em inadmissíveis rupturas “primárias” da tradicional relação médico-paciente. Numa reafirmação de quanto a necessidade é mãe da invenção, contraposições foram habilmente desfeitas no decorrer da pandemia de Covid-19 energizadas por conveniente contribuição para a saúde pública.

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