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1259- The Doctor Século XXI (Parte 1)

A Bioética da Beira do leito destaca a conveniência de considerar o simbolismo da beira do leito para nomear o ecossistema em que se dá a aplicação da medicina e das ciências da saúde em geral numa proporção variável de integração de bióticos e abióticos em cada circunstância clínica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tendo como ponto de referência a pintura The Doctor, a obra de Sir Samuel Luke Fildes (1843-1927) que é tão imortal quanto Hipócrates (460 aC-370 aC) e que adotei como uma imagem-símbolo da Bioética da Beira do leito, pode-se afirmar que ao final do século XIX havia o destaque  do componente biótico da conexão médico/paciente/familiar e, praticamente ausência de representação abiótica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O século XX desenvolveu vigorosa participação do abiótico. Métodos diagnósticos e terapêuticos, máquinas e artefatos incluíram-se com progressiva tendência a se sobressaírem à contribuição humana para a realização dos atendimentos.

Uma pintura contemporânea expressiva será radicalmente diferente pelas características atuais da interdependência biótica-abiótica ajustada ao progresso tecnocientífico e às mudanças da sociedade e que objetiva que o todo no ecossistema da beira do leito seja melhor do que a simples soma dos componentes.

Entretanto, a Bioética da Beira do leito chama a atenção que o artista teria que ter a competência para preservar na disposição dos componentes do cenário atualizado o clima de compromisso do médico para com o paciente e respeitoso com o familiar. Por mais que haja a contribuição de instrumentos não humanos para a qualidade do atendimento – embora gerados pelo ser humano-, por mais que o transumanismo e o pós-humano possam estar na nossa porta, a força do carne e osso não pode ser dispensada de uma legítima representação ética/moral/legal/social/cultural/histórica de nossos tempos.

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