3834

PUBLICAÇÕES DESDE 2014

1240- Valências no ecossistema da beira do leito (Parte 2)

Bioamigo, cada médico atuante faz parte da história da medicina contemporânea em seus cantinhos de atuação, por vezes mais caçadores-coletores, por vezes mais empreendedores-transformadores. A Bioética ajuda o médico – e o profissional da saúde em geral- a articular o pensamento profissional sobre o captado da clínica e da tecnociência com a emoção (e sentimentos) e o empreendedorismo na atuação ética/moral/legal, numa forte dimensão multiprofissional e transdisciplinar (através e além das disciplinas numa conciliação entre as ciências, a arte e a experiência espiritual) de atenção às necessidades de saúde do paciente. A irmandade da Bioética de todas as horas- e especialmente de horas difíceis- contribui para a sabedoria do saber.

Vivenciamos cenários de direitos e deveres que comungam empoderamentos do biótico (profissional e leigo) e responsabilidades com o abiótico (clássico e inovador) no ecossistema da beira do leito. A crescente complexidade (plexus=dobras) – que se retroalimenta na explosão das pesquisas e na multiplicação das disciplinas- de natureza teórica e prática na saúde requer sequentes seleções de prós e contras visando à redução do número de dobras com preservação de coerências. Como salientado por Besarab Nicolescu (nascido em 1942) em seu Manifesto da Transdisciplinaridade (1999), complexidade está longe de ser a desordem de uma lata de lixo. A (co)ordenação é tanto mais atingida quanto mais articulada a uma conjugação de tensão (por solução), excitação (pela capacidade de realização) e pressão (pelo sofrimento).

O exercício de cada desdobramento-simplificação requer tomadas de decisão entre perspectiva favorável e perspectiva desfavorável que se qualificam por um ponto de partida multivalente que se direciona para uma univalência da maneira mais fundamentada possível. Forte objetivo clínico atual do desdobramento-simplificação inclui o equilíbrio entre recuperação de um órgão/preservação de outros órgãos/não agravamento de comorbidades.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bioamigo, a medicina – e as ciências da saúde em geral – tendem a formular o corpo humano e a doença num modelo cultural que, ao privilegiar as intervenções tecnocientíficas sobre uma história clínica, arrisca-se a desconsiderar a dimensão do doente e da sua biografia.  Uma decorrência do descompasso são lacunas – até abismos – entre desejos, preferências, objetivos e valores do paciente e recomendações profissionais éticas e virtuosas.

Repercussões bilaterais sobre o envolvimento humano na conexão profissional da saúde-paciente são razão para atuações educativas e conselheiras da Bioética desde os primórdios da formação profissional e inseridas na tríade de currículos: o formal dos documentos oficiais, o informal ligado às inter-relações exemplares e o oculto enredado na cultura organizacional. O mote é: Compartilhem-se informações e as tornem esclarecidas.

COMPARTILHE JÁ

Compartilhar no Facebook
Compartilhar no Twitter
Compartilhar no LinkedIn
Compartilhar no Telegram
Compartilhar no WhatsApp
Compartilhar no E-mail

COMENTÁRIOS

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POSTS SIMILARES

fev0 Posts
mar0 Posts
abr0 Posts
maio0 Posts
jun0 Posts
jul0 Posts
ago0 Posts
set0 Posts
out0 Posts
nov0 Posts
dez0 Posts
jan0 Posts
fev0 Posts
mar0 Posts
abr0 Posts
maio0 Posts
jun0 Posts
jul0 Posts
ago0 Posts

fev0 Posts
mar0 Posts
abr0 Posts
maio0 Posts
jun0 Posts
jul0 Posts
ago0 Posts
set0 Posts
out0 Posts
nov0 Posts
dez0 Posts
jan0 Posts
fev0 Posts
mar0 Posts
abr0 Posts
maio0 Posts
jun0 Posts
jul0 Posts
ago0 Posts