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1201- Trans e pós-humanismo na beira do leito. Uma leitura com o apoio da Bioética (Parte 2)

 

 

 

 

 

 

 

 

Transformações do Homo sapiens, presença de ciborgues, movimentação de avatares, preservação de mentes após a morte com duplicação de sinapses e implante (carregamento) em corpos de ciborgues ou armazenamento na “nuvem” (ressurreição), imortalidade, eliminação de doenças, emigração espacial são temas surpreendentes que, com altíssima probabilidade, dizem estudiosos e investidores pesados, você jovem profissional da saúde lidará antes de se aposentar ou por tempo de serviço… ou por incapacidade para a transformação do serviço.

Bioamigo, veja se você se sente atingido pela flecha apocalíptica disparada por Yuval Noah Harari (nascido em 1976).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O sacrifício do planeta Terra que dá rumo à extinção das condições de vida humana tem sido considerado acelerado, irreversível, inclusive pelas fortes evidências da perda da biodiversidade e das mudanças climáticas enfatizadas desde os meados do século XX.

Isto posto, cabe a pergunta: Como é que você, bioamigo, se entende como um humano? Sente-se refém de um progressivo colonialismo tecnológico? Vale a “extração da vida” que compromete o futuro do Homo sapiens? Concorda que todo progresso que possa prever ou já estar produzindo mais sensação de conforto, melhor qualidade de vida, adequações de convivência com doenças tem um outro lado de percepção como uma terrível praga planetária que desafia a sobrevivência do ser humano? Numa linguagem da Bioética, vivenciamos beneficências com alta proporção de maleficências com perspectivas de os malefícios superarem os benefícios num prazo não muito longo?

É admissível que esteja em curso uma multiplicidade de mundos resultantes de distintas interfaces entre comprometimento da saúde humana e da saúde planetária (condições climáticas, nível de biodiversidade, preservação das florestas), abusos e cumplicidades quer por carência de providências clássicas (saneamento básico, por exemplo), quer por sequências de inovações – “melhores usos” ao mesmo tempo  novos modos de vida- ao longo das décadas. Há o sofrimento pela doença do corpo e há o sofrimento pela doença do planeta, o que provoca responsabilidades com o ser humano e com o cosmos que precisam ser apreciadas em conjunto.

Pode negar, bioamigo, que por trás de um progresso que possa nos agradar estão intenções de dominação – nos movemos de acordo como pensamos – e egos hiperinflados organizados numa cultura de algoritmos (inclusive autônomos)- potencial de redução da plasticidade encefálica e do raciocínio humano-, computação e cibernética?

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