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1121- Decisão Compartilhada (Parte 6)

O princípio da Autonomia diz respeito à ausência de homogeneidade entre perspectivas de percepção da relação entre beneficência e maleficência.

Vale repercutir Millôr Fernandes (Milton Viola, 1923-2012): Um escoteiro com o seu cão observou um idoso apressado para tomar um ônibus prestes a sair do ponto e, no intuito de praticar a boa ação do dia, atiçou o cão contra o idoso que  correu desesperado e… conseguir subir no ônibus. Foi uma decisão unilateral, sabe lá como o idoso ficou após o susto enquanto escoteiro contabilizava como uma boa ação. Fica a pergunta; Foi bom para quem?

É importante ressaltar quando se analisa a Decisão Compartilhada que exista a chamada autonomia intrínseca em que o paciente toma uma decisão sem nenhuma influência externa e a chamada autonomia de relação onde há a influência de circunstantes em maior ou menor escala de participação. Fatores do paciente como estado emocional, traço emocional, “nocaute” emocional da má notícia, medo, compromissos interferem na recepção e avaliação da recomendação médica recebida pelo paciente.

A vivência na beira do leito ensina que certo percentual de não consentimentos é provisório, ou seja, é passível de futura aceitação acolhimento e tempo-dependentes, razão pela qual o processo de tomada de decisão não deve ser burocratizado.

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