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1117-Decisão Compartilhada (Parte 2)

Na beira do leito contemporânea, a tomada de decisão consentida pelo paciente é a recomendação admissível. Ela pode ser assistida pelo Paternalismo – o brando, afável, muito embora percebam-se situações em que após os esclarecimentos pelo médico, a decisão pelo Sim ou Não é, simplesmente, delegada ao paciente numa postura passiva do médico, ou em que há uma burocratização num Assine Aqui! sem as análises necessárias do que está escrito. Idealmente, o consentimento pelo paciente deve estar alinhado a um compartilhamento decisório com o médico.

Bioamigo, há uma diferença dramática do paciente dar o consentimento esclarecido ao final de uma participação  num processo de Decisão Compartilhada.

O consentimento esclarecido foi concebido para proteger o paciente de falhas profissionais, é imposto externamente e não costuma apreender as complexidades da prática clínica.

Já a Decisão Compartilhada representa oportunidade de prover o mais respeitoso cuidado ao paciente como representante de uma comunidade de interpretação, leiga a princípio. Porque a medicina atual tem muitas opções de métodos com prós e contras individualizados, a Decisão Compartilhada é um produto atual da força da medicina e das ciências da saúde de modo geral, muito mais do que representar sua falhas. As objetividades clínicas identificadas profissionalmente integram-se às subjetividades do paciente.

A Decisão Compartilhada é oportunidade para os profissionais da saúde aplicar suas habilidades de comunicação efetivamente para assistir o paciente tomar decisões a que não estão acostumados na maioria das vezes em momentos de angústia numa movimentação entre Sim, Não e Talvez.

Há cerca de 40 anos, uma comissão ética estadunidense recomendou o compartilhamento da decisão como idealmente apropriada para a relação médico-paciente após pesquisa revelar que 56% dos médicos e 64% do público entendiam que o envolvimento do paciente elevaria a qualidade do cuidado em função, principalmente, da adesão e da cooperação.

Todavia, revisão recente de 2018 constatou que a Decisão Compartilhada não tem sido amplamente adotada e providências para aumentar a sua aplicação mostraram-se pouco confiáveis.

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