Graduei-me em Medicina no início de uma revolução sobre modo de se tomar uma decisão médica. Testemunhei a eclosão do processo de consentimento pelo paciente, ativo e sob amplo esclarecimento a respeito de opções de aplicação de métodos e perspectivas evolutivas, que gradativamente substituiu o paternalismo.
Várias publicações cuidaram das fases deste processo para que representasse um direito à autonomia pelo paciente. Um dos pontos fortes é que o consentimento não é necessário por receio de um ato médico a ser realizado sem prudência, zelo ou perícia, mas que ele contribui para restaurar o sentido de liberdade e de auto-determinação habitualmente fragilizado pela enfermidade. Mais recentemente, observei com desgosto a canalização do diálogo para a assinatura de um formulário não discutido.