O caráter, a personalidade e o temperamento de candidatos a mandatos majoritários costumam ser tema de análises políticas veiculadas em órgãos de comunicação. De alguma forma, as considerações exercem influência no eleitor.
Eventuais apreciações realizadas por médicos psiquiatras ou psicólogos têm o forte potencial de colar rótulos clinicamente especializados-positivos ou negativos- na mente dos candidatos, que podem direcionar o voto.
Devido a uma experiência por ocasião das eleições nos EUA de 1964, existe o item 7.3 da American Psychiatric Association The Principles of Medical Ethics With Annotations Especially Applicable to Psychiatry, que é conhecida como norma Goldwater – o republicano Barry Goldwater Morris (1909-1998): Psiquiatras podem ser solicitados a opinar sobre uma pessoa que está sob atenção pública ou que manifestou publicamente algum tipo de informação sobre si próprio. Em tais circunstâncias, um psiquiatra pode compartilhar com o público sua expertise sobre temas psiquiátricos em geral. Todavia, é anti-ético o psiquiatra oferecer uma opinião profissional sem ter realizado um exame e recebido a devida autorização para a declaração. http://www.psychiatry.org/psychiatrists/practice/ethics
No Brasil, o Código de Ética Médica vigente traz uma consideração análoga para qualquer especialidade: Art. 111- É vedado ao médico permitir que sua participação na divulgação de assuntos médicos, em qualquer meio de comunicação de massa, deixe de ter caráter exclusivamente de esclarecimento e educação da sociedade.