Em 1972, um ano após a publicação do livro Uma Ponte para o Futuro, marco da bioética contemporânea, Van Rensselaer Potter (1911-2001) declarou numa Conferência sobre Responsabilidade social dos cientistas:
“… Entramos numa nova era em que a ciência e a tecnologia terão a capacidade de destruir a viabilidade da Terra, caso sejam mal utilizadas. Eu rejeito fortemente a realização da pesquisa como um fim em si mesma e não assume as responsabilidades pelas consequências. Tendências desastrosas cientistas-dependentes podem estar em franco andamento. Há necessidade do desenvolvimento de um novo senso de responsabilidade entre os cientistas, espontâneo e propenso ao diálogo com não cientistas. A questão é como subsequentes imperativos da ciência poderão conviver com os valores tradicionais da ciência…”.
