Paciente comparece ao Ambulatório do SUS e solicita nova receita médica informando que perdeu a original recebida há cerca de 2 meses.
Enquete 31:
A melhor conduta é:
1- Não fornecer receita médica sem nova consulta a ser agendada
2- Fornecer receita com dados do prontuário do paciente com mesma data da original e com a observação de se tratar de Segunda Via.
3- Fornecer nova receita com dados do prontuário do paciente com a data da nova emissão e com a observação de se tratar de Segunda Via.
Uma resposta
Registrar no prontuário, anotar que deu segunda via, receita com data do ato e não retroativa.
O tema nos leva a refletir sobre o verdadeiro inferno de Dante que estamos vivendo no consultório graças a normatizações equivocadas da ANVISA com a justificativa de controlar a automedicação – esta não se controla com burocracias que serão burladas, mas com educação continuada da população sobre os males desta prática
Alguns exemplos:
Para o paciente pegar o medicamento de uso contínuo na farmácia popular – não é o médico que define o tempo de validade de uma receita, mas a burocracia;
Para paciente ter reembolso do valor do medicamento, algumas empresas de medicina de grupo tem a mesma prática;
Medicamento controlado, a receita só tem valor para 60 dias, também não é o prerrogativa do médico definir o tempo.
Outro dia um paciente veio com um formulário CASSI, com o código de ética médica caducado, dizendo que eu devia preencher para que ele recebesse o reembolso. Expliquei-lhe que não era funcionário da empresa, que estaria cometendo estelionato se assinasse aquilo e que o departamento jurídico da empresa não tinha conhecimento de tal barbaridade. Ele assumiu a briga e levou minhas observações à empresa – está apresentando apenas a receita para receber o reembolso.
Medicamento de alto-custo, pacientes vem com formulário do SUS para que o médico assistente o preencha, não sou funcionário do SUS, minha obrigação é fazer a receita e justificar, o impresso deveria ser preenchido por médico auditor da secretaria da saúde.
Estamos sendo inundados por determinações sem qualquer sentido e que apenas servem para tumultuar a relação médico-paciente.