O consultor de Bioética, na reunião com os diretores do hospital, recomendou que era imperativo pela prudência e pelo zelo privilegiar a Beneficência à chegada do paciente ao Pronto Socorro, todas as vezes. https://bioamigo.com.br/enquete-290-quando-a-rebeldia-do-paciente-torna-se-emergencia-repetitiva/
O Diretor técnico discordou: ” … O comportamento do paciente negando-se a continuar fazendo tratamento ambulatorial significa revogação do consentimento inicial e traz nítidos danos aos demais pacientes e aos profissionais da saúde. Eu não aceito que a rebeldia do paciente deva ser tolerada, que o seu desejo de se cuidar tão-somente quando se sente muito desconfortável e próximo da morte tenha que ser respeitado em nome da autodeterminação…”.
O Diretor jurídico sugeriu: “… Vamos dar um ultimato ao paciente, ou ele cumpre as recomendações beneficentes comparecendo ao ambulatório, realizando exames, etc… ou passaremos a entender que o nosso hospital está desobrigado de cuidar dele e que os recursos devem ser direcionados àqueles que de fato respeitam a organização do sistema de saúde…”
O Diretor do Pronto Socorro assim se manifestou: “… Eventual não atendimento na Emergência seria negligência e é situação onde, conceitualmente, até poder-se-ia desconsiderar o direito do paciente à autonomia, mas, todas as vezes o paciente está lá no Pronto Socorro solicitando ser atendido e consentindo com as condutas…”.