Há 75 anos o artigo referido no quadro concluiu sobre o então mosquito- da febre amarela:
O controle do Aedes aegypti é realizado somente por inspeções cuidadosas e repetidas casa a casa a fim de encontrar e eliminar todos recipientes artificiais que os produzem.
Atualmente, o Aedes aegypti deixou de ser o mosquito-da febre amarela e tornou-se mosquito de tríplice importância vetorial para o Brasil, exigindo atenção máxima de Saúde Pública. Novos vírus, velhas preocupações sobre a convivência do homem com a Natureza.
O que se observa é que a Natureza no caso do Aedes aegypti- que dela recebeu o dom de transportar vírus para que eles possam se perpetuar pela contaminação sequente de hospedeiros- não está podendo ser regulada por inovações de fato resolutivas da alta Ciência e Tecnologia de nossa época. Armas para grandes guerras no campo da Saúde não parecem funcionar contra a atitude de guerrilha do mosquito.
Isto significa que cada cidadão tem a responsabilidade de usar as próprias mãos com expedientes nada sofisticados e ser um Mata Mosquito, diretamente como um amador e indiretamente pela colaboração com profissionais do ramo, a atividade valorizada pelo médico Oswaldo Gonçalves Cruz (1872-1917) no início do século XX, no Rio de Janeiro e que teve de superar muitas objeções: “… Para atacar a febre amarela, Oswaldo Cruz segue teoria de médicos cubanos que aponta um tipo de mosquito como transmissor… Brigadas de Mata Mosquitos desinfetam ruas e casas… A população acha uma maluquice…”.