
Oncologia Clínica
Coordenador Cuidados Continuados do Grupo Oncoclínicas
Presidente do Comitê de Bioética do Grupo Oncoclínicas
Coordenador Piloto Hospice Domiciliar do Grupo Oncoclínicas
Para coibir abusos, se estabeleceram vertentes denominadas diretrizes clinicas que são encaradas como dogmas pelas novas gerações de profissionais de saúde. Na lógica atual, o imaginário criou dois polos de atuação: as diretrizes e os médicos.
Ao redor deles orbitam pacientes, familiares, indústrias farmacêuticas e advogados. O que sempre foi o foco principal – o paciente – se apequenou. Com isto, o apoio ao paciente à Beira do Leito passou, obrigatoriamente, a considerar aspectos legais, econômicos e psicossociais da mais nobre das relações: a do médico-paciente.
Hoje, ao contrário da vontade inspirada em Alice no País das Maravilhas, não temos uma visão clara para onde queremos ir, nem das alternativas cada vez mais escassas em suas definições, visto as diretrizes estabelecidas – e não contestadas – por colegiados de profissionais médicos.
Em nosso dia-a-dia, a Bioética é praticada com mais ou com menos ciência da mesma, mas o turbilhão das vidas costuma impedir a visão clara do simbolismo do T, ampliar seu traço horizontal para maior abrangência e refletir profundidade pelo traço vertical.
Hoje como médico não tenho a menor dúvida que a Bioética é o mais valioso instrumento que a medicina possui para sua prática a Beira do Leito e a única alternativa para nos concentrarmos novamente no foco principal: o paciente.