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1681- Sensibilidades no ecossistema da beira do leito (Parte 4)

Em termos práticos, a Bioética da Beira do leito considera, por um lado, a orientação médica necessariamente intrusiva e, por outro lado, o prontuário do paciente um conjunto de dados e fatos antecedentes – sujeitos ao sigilo profissional – que se comportam como verdadeiros cookies desde o paciente, anotações de intromissões que permitem ao médico conhecer melhor o paciente – um subsídio de manejo/devolutiva profissional essencial para a qualidade da conexão médico-paciente. Um verdadeiro precursor do lado do bem e blindado pelo sigilo profissional hipocrático da neurotecnologia que atualmente exibe um lado preocupante de consequências danosas pelo acessar, colecionar, compartilhar e manejar informações desde o cérebro humano, desafios a direitos fundamentais.

Neste particular, a Bioética da Beira do leito enfatiza que o respeito à continuidade psicológica do paciente – preservação da identidade pessoal e coerência com comportamentos – não significa que o médico não deva fornecer informações transformadoras à mente do paciente que vivencia insegurança e vulnerabilidade e expõe fragilidades humanas – é primordial face às habituais complexidades das circunstâncias que envolvem a saúde. O alerta é que  quando fizer, é essencial desenvolver uma maneira compreensiva, desenvolta e sensível para perceber que o paciente possa estar se sentindo num dilema existencial – consentir ou não consentir, eis a questão -, muitas vezes numa sensação de isolamento e desespero, ademais, objetiva para tornar convincente a beneficência e alívios de maleficência, e, outrossim, plena de esperança de superação, potencializadora de resiliência e cuidadosa para evitar soar ameaça coercitiva ao paciente com anulação da identidade.

Em outras palavras, num clima de espiral de tensão no ecossistema da beira do leito, eventuais aprofundamentos que produzam alterações de opinião/decisão na mente do paciente no sentido de Não consinto, doutor! para Sim doutor, consinto! devem acontecer, idealmente, espelhando uma moralmente admissível continuidade psicológica, revelando-se valor de reformas num passo a passo estruturado em conformidade com as adversidades e as aspirações e permanentemente aperfeiçoado a fim de elevar a chance de o médico ser um de fato influencer beneficente com “like” comprometido do paciente.

Assim, não é porque o médico sabe da restrição do paciente Testemunha de Jeová que ele não vai recomendar a transfusão de sangue que se faz necessária terapeuticamente, mas com plena admissão de aplicar a virtude da tolerância frente à materialização da negativa pelo paciente, o que significa eticamente ausência de negligência da não transfusão de sangue e evitação da imprudência de uma transfusão de sangue não consentida.

Por outro lado, nos aspectos da integridade mental e continuidade psicológica, os impactos de determinados sintomas que levam a autoavaliações de pobreza de saúde, de sensações de privação da independência, de dilacerações na dignidade, exercem modulações no domínio da coerência, por exemplo, um componente da identidade pessoal de jamais se utilizar de alopatia é substituído por um nexo aceitável do uso, em função da dor, do sofrimento e, até mesmo, do choque do conhecimento do prognóstico desfavorecido de um niilismo.

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