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1628- Autonomia mais do que se define, se aplica

Quem mais sabe sobre medicina é o médico e quem mais sabe sobre si é o paciente. Há muita objeção do estudante de medicina ou do recém-formado quando empregamos este argumento pata justificar o direito do paciente  a exercer o princípio da autonomia, mais especificamente, o exercício do (não)consentimento, a soberania do Sim doutor ou Não doutor em resposta a recomendações médicas sem dúvida com potencial de utilidade e eficácia nas circunstâncias da doença.

A questão de quem deveria dar a última palavra inclui se o poder decisório está nas mãos do médico ou do paciente. A Bioética da Beira do leito entende que o poder decisório está nas mãos de um equipe constituída por todos envolvidos. Refere-se à participação múltipla cada qual com seu nível de empoderamento no pertencimento à equipe. É um quinteto formado por organizadores de normas e disponibilidades como a instituição de saúde e o sistema de saúde, pela medicina e ciências da saúde em geral que promovem o conhecimento por meio de teorias e métodos, pelo médico  que atua com suas habilidades e atitudes e pelo paciente junto com familiar que é o receptor dos pressupostos e das verdades.

A autonomia do paciente precisa ser respeitada. Mas não por uma questão tão somente de acatar  a voz ativa de um paciente livre para se manifestar, é preciso nutri-la com informação esclarecida, válida para o caso, bem intencionada e sustentada pela literatura universal  e experiência profissional.  

A Bioética da Beira do leito esforça-se para desenvolver os aspectos pertinentes à autonomia no ecossistema da beira do leito – um termo que é frequentemente aplicado de distintas maneiras – em variados contextos diagnósticos, terapêuticos e preventivos, sempre visando a atenção ao bem comum e ao melhor interesse do paciente.

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