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1597- Benefício e Proveito no entorno do (não)consentimento (Parte 2)

O desenvolvimento atitudinal do Dr. EKR guarda alta influência da Bioética que abraçou a mais de 20 anos. Ela lhe fornece fundamentos para direcionar comportamentos alinhados a valores. O Dr. EKR usa uma plataforma de avaliação de prós e contras das várias dimensões pertinentes atapetada pelo binômio bem-estar do outro e paz de espírito de si.

Costumeiramente, o Dr. EKR envolve a Bioética no processo de seleção de seus papéis profissionais em relação a realidades e interesses caso a caso. Ele valoriza o monólogo do solilóquio e o diálogo com vários tipos de interlocutores, considerá-los inclusivos tem valiosas  contribuições, considera, cada uma delas serve de apoio para a próxima deliberação no âmbito da saúde.

O Dr. EKR é adepto do principialismo da Bioética. Entende que proporciona mais vantagens do que desvantagens no afã diário para privilegiar utilidade e eficácia dos métodos validados no processo de tomada de decisão  para a circunstância clínica. Outrossim, sabe que  que é necessário que a potencialidade tecnocientífica do benefício seja reafirmada por outra vertente, que é a do endosso do paciente, ou seja, que se trata de fato de um proveito alinhado ao desejo/preferência/objetivo/valores.

Para o Dr. EKR, a não maleficência como adjuvante da beneficência admite não somente a evitação de danos orgânicos colaterais, mas também o respeito ao significado moral de eventual Não doutor pelo paciente. O Dr. EKR usa o termo benefício para a visão da medicina e o termo proveito para a visão do paciente.  O Sim doutor superpõe perspectiva de benefício e de proveito e o Não doutor afasta. O Talvez doutor exige compromissos com desdobramentos.

Em suas aulas de Bioética, o Dr. EKR assim se expressa: É habitual que a aplicação dos princípios da beneficência, não maleficência e autonomia seja efetuada de modo sequente, formulando uma conduta recomendável pela medicina, a seguir tornando-a conduta aplicável em função de ajustes para eventuais individualidades do paciente e for fim cuidando para que seja a conduta consentida pelo paciente (entendimento de proveito do benefício cogitado).

Em suma, quando pacientes não consentem  com uma recomendação correta do médico exercem uma objeção ao benefício pretendido pela medicina como de fato proveito pessoal, o que torna útil subdividir o conceito de beneficência em visão tecnocientífica de benefício e visão pessoal de proveito. Respeitar o direito do paciente de verbalizar um Não doutor é, pois, uma forma de não maleficência ao proveito pessoal, mesmo em ausência da maleficência por adversidade biológica.

O Dr. EKR interessa-se sobremaneira pelo Talvez do paciente na beira do leito. Entende que se o médico tem dúvidas, o que dirá o leigo. O Talvez interligado ao processo de maturação sobre indecisões a respeito de proposição feita pelo médico e sofre forte influência da confiança na competência do médico.

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