A Bioética da Beira do leito reconhece o caráter sedutor, eficiente e renovador do Poder da tecnologia no manejo do diagnóstico, terapêutica e prevenção na beira do leito contemporânea e que neste século XXI expõe como nunca o feedback entre inteligência natural/aprendizado humano e inteligência artificial/aprendizado de máquina. É domínio planejado para atuar em necessidades de preencher lacunas entre a saúde atual do paciente e sua saúde potencial, em situações eletivas, de urgência e de emergência nas distintas especialidades médicas e áreas de atuação e contribui para beneficiar o momento clínico, a qualidade de vida e a longevidade do paciente e, em decorrência a qualidade de vida dos futuros anos de existência.
Acresce o uso da tecnologia associada à comunicação entre os bióticos atuantes na beira do leito como ferramentas capazes de aprimorar cuidados coordenados e centrados no paciente, incluindo ambientes de saúde complexos. Por outro lado, entende a importância da avaliação do desempenho da tecnologia no campo da saúde em termos não somente de atualizações universais de diretrizes clínicas, correspondências entre conclusões de condições controladas e o mundo real, mas também de aspectos socioeconômicos regionais.
A Bioética da Beira do leito preconiza que o Poder da tecnologia deve ser analisado sob o prisma da Bioética principialista em função da adequação beneficente, potencial de malefício associado ao malefício e suas implicações para indicação/não indicação/contraindicação e no processo de consentimento do paciente, onde o caráter invasivo ou não tem evidente repercussão, inclusive na manutenção da adesão.
A Bioética da Beira do leito sugere que o Poder da tecnologia deve ser constantemente apreciado em termos de adequação de uso, níveis de segurança, persistência de adequado nível de risco-benefício em função de a beira do leito conviver cada vez menos com casos e mais com acasos, especialmente pela maior número de comorbidades em mesmo paciente, bem como de custo-efetividade, evolução de preços/custos, tendência ao desuso/substituição e disponibilidade ligada a registros, produção e comercialização.
A Bioética da Beira do leito alerta que apesar do paradoxo de se adjetivar como “natural humano” o glamour pela instrumento altamente tecnológico não humano como o robô e a inteligência artificial, e decorrente da aplicação do continuado aumento do conhecimento disponível, do interesse pela investigação com objetivo beneficente/não maleficente, não há nenhuma previsão sobre a redução do valor do uso na beira do leito da baixa tecnologia do termômetro clínico, do estetoscópio e do esfigmomanômetro, do martelo para verificar reflexo, do oftalmoscópio e do otoscópio, ou seja, eles continuam no prazo de validade.