A Humanização (O Humaniza SUS, por exemplo, aposta na inclusão de trabalhadores, usuários e gestores na produção e gestão do cuidado e dos processos de trabalho, estimula a produção de novos modos de cuidar e novas formas de organizar o trabalho) como um pilar da Bioética prática contribui com premissas “humanas” em conformidade com a sociedade no entorno da atenção à saúde, uma missão de atenção a limites convencionados que escancara como é infinito o potencial de expansão dos sentimentos/ pensamentos/realizações das pessoas.
De especial interesse da Bioética são os sequentes desafios motivados por choques entre a criatividade de novos conceitos e a significância dos decorrentes impactos. A criatividade, como pode ser intuído pela forte influência na conquista do ambiente pelo Homo sapiens, é um recurso biológico do ser humano facilitador do encontro de soluções inovadoras e sustentáculo para sobrevida e continuidade da espécie e que eleva a eficiência dos meios disponíveis. A Bioética valoriza a liberdade de pensamentos além de habituais binários acerca do continuum natureza-ciência, vale dizer, todos aqueles (a História ensina que há exceções em âmbito moral) que pretendem renovar interfaces humanas-não-humanas com notável influência sobre o significado de ser humano. Mas, como diz a sabedoria popular “O inferno está cheio de boas intenções” e, ademais, a Terra convive com o Gosto de levar vantagem em tudo, a Lei de Gérson.
De certa forma, a Bioética exerce papel análogo ao da lide profissional com o domínio da imunidade humana. Numa apreciação reducionista de determinismo imunológico – assim desconsiderando fatores externos influentes no ser humano- a Bioética coopera para a análise de vantagens/desvantagens tanto para reforço de impedimentos a impactos negativos (rechaço a indignidades morais, por exemplo), quanto para uma tolerância funcional que facilita a absorção de uma novidade (“transplantes” de ideias/posturas).