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907- MMXX (Parte 8)

2020

Dizem que quem procura acha. Nem sempre. Mas se não procurar qual é a probabilidade de achar?  Por isso, a Bioética da Beira do leito entusiasma-se por iniciativas que combatem o sedentarismo mental e que procuram – e acham- aspectos positivos na pandemia atual.

A capacidade adaptativa do ser humano é ontológica, é proverbial que a necessidade das pessoas é a mãe das invenções úteis, perante os problemas que se sucedem a criatividade reage e persegue formas e jeitos solucionadores, usamos a coragem, prosseguimos apesar dos medos, a coragem criativa convive com convicções e dúvidas. Lápis e borracha ativos!

Nada é como é de um modo permanente. Não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe. Depois da guerra vem a paz. A saúde mental agradece a lembrança destas sabedorias. Epidemia subentende um período, caso contrário precisa mudar para endemia.

O ser humano tem a imunidade na complexidade da sua essência biológica, o micróbio tem mutação/resistência na sua engrenagem pela sobrevivência, vale dizer continuar parasitando e se reproduzindo causando uma doença humana. A vacina aliada da imunidade tem foco na etiopatogenia, o medicamento tem foco na fisiopatologia. O Sars-CoV-2, o novo coronavírus pegou o ser humano desprevenido de ambos. Desencadeou uma corrida pela vacina e uma percorrida por fármacos validados para outra siuações clínicas.

A natureza nos ensina sobre como poderá ser o amanhã de momentos singulares de inquietude. Aprendemos que os dias são de sol com episódios de chuva e não o contrário. Perante a calamidade da pandemia, temer ou aguardar são reações humanas, mas uma consciência de superação precisa prevalecer, crer no amanhã com vida mantida interessante.

O conceito de oportunidade vem à tona, oportunidade para manifestar a vontade de uma crítica pelo cotejamento entre o novo agora e o antes vivenciado. Em meio ao interesse pela eliminação do vírus,  aproveitar o ângulo de visão dado pela tragédia pandêmica para algumas descontaminações e imunizações na vida pessoal, ou seja, repensar, ressignificar valores. O forte simbolismo da frase shakespeariana (William Shakespeare, 1564-1616) meu reino por um cavalo. A redescoberta do espaço, da distância, do tempo profissionais no home office, na teleconsulta, na plataforma de videoconferência.

O termo positivo não se aplica somente ao testar positivo do exame diagnóstico. É saudável testar outras positividades, objetivando assemelharem-se ao forte valor do desenvolvimento de IgG na presente situação.

É envolvente pensar que certos jeitos admirados de pessoas a reboque do progresso da humanidade e alvo de críticas por menos consumistas estão sendo por elas reconsiderados no valor em função da nova experiência. Alguns vêem-se na iminência de expulsão do paraíso, a figura da aquisição de responsabilidades que como no caso de Adão e Eva faz desenvolver a consciência moral, como nos ensina Rollo May (1909-1994).

Em outras palavras, a virose contaminou o ser humano em seu âmago e trouxe um efeito disfuncional para comportamentos consagrados. Hábitos foram desestabilizados e as contraposições a um Jardim do Éden motivaram, como originalmente, ansiedade, sentimentos de culpa e revisões na responsabilidade individual.

O tempo dirá o quanto do conjunto de promessas de revisão comportamental será ou não tão somente um relâmpago de um dado momento emocional, um trovão que assusta, que se respeita como uma divindade como Tupã dos indígenas tupis, mas que logo desaparece.

Otimistas e pessimistas têm suas visões sobre perspectivas de reais metamorfoses que poderíamos simbolizar no quanto teremos de real subida de joelhos dos 382 degraus da igreja da Penha na zona norte do Rio de Janeiro, NO RIO DE JANEIRO (NOSSA SENHORA DA PENHA)após a concretização dos desejos de liberação da pandemia. A conferir.

A propósito, bioamigo, você está no time dos otimistas ou dos pessimistas sobre possibilidades de um “novo brasileiro mais solidário” pós-pandemia?

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